Chegou a hora da adesão nacional: SIM para o Proifes

Por Adriano Duarte e Camilo Buss Araújo

Por que devemos votar SIM pela adesão da Apufsc-Sindical ao Proifes-Federação? Em primeiro lugar, porque o Proifes-Federação nasceu exatamente dos limites do Andes-SN. O Proifes compreendeu que a categoria dos professores estava mudando de forma acelerada na década de 1980/1990, entendeu que o papel do sindicato não é ser a vanguarda iluminada da categoria que representa, mas é, antes de tudo, representá-la considerando suas peculiaridades e contradições, permitindo que se expressem sem atribuir às vozes divergentes a pecha de “falta de consciência” e “ausência de combatividade”.

 O Proifes se construiu assentado na pluralidade de ideias, no respeito ao contraditório, na crença do poder de negociação e diálogo, sempre respeitando a vontade das bases. Nasceu para representar apenas a universidades e institutos federais. Tem como premissa que a greve é um importante instrumento de negociação, mas não o único, nem o primeiro a ser usado. Portanto, recusa o vanguardismo, o cupulismo e a profunda distância da realidade concreta da categoria que, nas últimas décadas, tornou-se a marca do Andes-SN.

Defendemos a adesão ao Proifes-Federação porque sua organização supõe que o sindicato precisa de recursos, não a federação. O princípio é: sindicato forte, federação enxuta.

Defendemos a adesão ao Proifes-Federação porque se um dia decidirmos sair da federação basta uma simples carta para desfazer o vínculo.

Defendemos a adesão ao Proifes-Federação porque a contribuição que os sindicatos filiados dão à federação não é escorchante (a Apufsc contribuiria com apenas 9% de sua arrecadação, contra 20% que seriam repassados caso se optasse pelo Andes-SN).

Defendemos a adesão ao Proifes-Federação porque assim mantemos nossa carta sindical, e ao fazê-lo, respeitamos os anos de luta para sua obtenção.

Adriano Duarte é professor do Departamento de História da UFSC e membro do Conselho de Representantes da Apufsc-Sindical; Camilo Buss Araújo é professor de História do Colégio de Aplicação (CA) e vice-presidente da Apufsc-Sindical