Servidora da UFSC aplica arqueologia forense em pesquisa sobre centro de tortura da ditadura militar

O trabalho buscará identificar desaparecidos políticos por meio de exames de DNA

A servidora Maryah Elisa Morastoni Haertel, técnica de laboratório de Física do Campus de Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é uma das integrantes da equipe que pesquisará, usando a arqueologia forense, o prédio onde funcionava o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo. Para o local eram levados e torturados os presos durante o período da ditadura militar.

O objetivo do estudo é ampliar o conhecimento científico em relação ao local e ao que aconteceu ali naquela época, além de esclarecer fatos de possíveis violações de direitos humanos à sociedade. A ideia é preservar a memória para que as futuras gerações conheçam a história e percebam o valor da democracia. O trabalho também buscará identificar desaparecidos políticos por meio de exames de DNA, caso isso seja possível.

Maryah será a responsável por fazer o rastreamento forense das instalações. Ela conta que o objetivo é identificar traços de sangue ou outros fluidos e impressões digitais latentes de pessoas que foram torturados no local. “Vamos procurar também escritas feitas pelos presos nas paredes na época. Hoje em dia já temos como encontrar esse tipo de registro, mesmo que várias camadas de tinta tenham sido aplicadas”, explica.

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