Polícia Científica realiza perícia em locais de inscrições racistas e nazistas na UFSC

Peritos também acompanharam agentes da Delegacia de Repressão ao Racismo e Delitos de Intolerância (DRRDI), que está conduzindo a investigação

Dois peritos da Polícia Científica do Estado estiveram nesta quarta-feira, dia 9, nas dependências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no campus Trindade, para a realização de perícia em ambientes onde foram encontradas inscrições de caráter racista e nazista. Eles foram ao campus cumprir requisição da autoridade policial para periciar os locais sob investigação e acompanharam dois agentes da Delegacia de Repressão ao Racismo e Delitos de Intolerância (DRRDI), que está conduzindo a investigação. O secretário de Segurança Institucional da UFSC, Leandro Oliveira, também acompanhou o trabalho.

A perícia começou por volta das 14h e se estendeu até depois das 18h. Os trabalhos ocorreram nas dependências do Centro de Ciências da Educação (CED), do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) e do Centro de Ciências da Saúde (CCS), sendo acompanhados pelos diretores dos centros. Os ambientes haviam sido preservados pela Secretaria de Segurança Institucional (SSI).

De acordo com informações da Polícia Científica, no local foi feito levantamento minucioso, com uso de equipamentos especiais como luz forense. Este material vai ser estudado melhor na base, quando perícias complementares serão realizadas com o intuito de cooperar com a investigação criminal. Os exames envolverão outros profissionais com diferentes especializações, como a de grafoscopia.

Assim que os exames forem realizados, inicia-se a redação dos laudos que apresentarão conclusões sobre o caso. Esses laudos serão disponibilizados para a Polícia Civil, que os utilizará para direcionamento do seu inquérito e apuração de responsabilidade.

A UFSC está acompanhando os fatos desde o surgimento das primeiras inscrições, ressalta Leandro Oliveira. O boletim de ocorrência registrado na SSI e encaminhado à Reitoria desencadeou o inquérito da Polícia Civil. “A UFSC tem acompanhado de perto todos esses episódios e a ideia é tentar identificar os autores e obviamente partir para uma punição. A gente reforçou as rondas nos ambientes, principalmente nos locais onde houve as inscrições”, afirmou o secretário.

Fonte: Notícias UFSC