Sepex encerra com mesa redonda sobre a contribuição da UFSC nas pesquisas sobre a emergência climática

“No que tange à emergência climática, já não temos mais tempo para pensar em algo que não seja baseado em evidências científicas”, pontuou a mediadora do evento, Suzana de Fátima Alcântara

19ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) encerrou nesta sexta-feira, dia 11, com uma mesa redonda sobre a contribuição da ciência feita na universidade nas questões ambientais relacionadas à emergência climática. Mediada por Suzana de Fátima Alcântara, do Departamento de Botânica, a mesa contou com a participação de Regina Rodrigues, da Oceanografia, que esta semana discursou na COP 27, Marina Hirota, do Departamento de Física, e Lindberg Nascimento Junior, do Departamento de Geociências.

Suzana de Fátima Alcântara, do Departamento de Botânica, fez a mediação da mesa redonda (Foto: Stefani Ceolla/Apufsc)

Na abertura do evento, Suzana falou da importância do investimento na ciência. “No que tange à emergência climática, já não temos mais tempo para pensar em algo que não seja baseado em evidências científicas”, pontuou. Por isso, destacou a presença de pesquisadores que atuam na defesa climática e também ressaltou a diversidade da mesa, formada por mulheres e pessoas negras. Na sequência, cada uma das pessoas convidadas apresentou seus trabalhos.

Regina R. Rodrigues, formada em Oceanografia pela Universidade Federal do Rio Grande, é coordenadora da Subrede Desastres Naturais da Rede Nacional de Mudanças Climáticas (Rede Clima) e também do Painel do Atlântico e do Painel de Riscos Climáticos, ambos do Programa Mundial de Pesquisas Climáticas da Organização Mundial de Meteorologia. Atualmente é editora da revista científica Nature Communications Earth & Environment. Tem como principal área de atuação entender a variabilidade climática e eventos extremos, principalmente na América do Sul e Atlântico Sul. Em particular, sua pesquisa foca nos mecanismos físicos geradores de eventos extremos compostos de secas, ondas de calor terrestres e marinhas.

Regina Rodrigues falou sobre as mudanças climáticas e os oceanos (Foto: Stefani Ceolla/Apufsc)

Marina Hirota é professora associada do Departamento de Física da UFSC, no qual leciona para os cursos de graduação em Meteorologia e Engenharias, e pós-graduação em Ecologia. Tem formação acadêmica multidisciplinar com doutorado em meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e mestrado e graduação pela Universidade de Campinas (Unicamp) em engenharia de computação e matemática aplicada, respectivamente. Dedica-se a combinar ferramentas matemáticas e computacionais na compreensão mecanicista da dinâmica e resiliência de sistemas vegetação-clima, especialmente na América do Sul tropical, e dos efeitos de perturbações como mudanças climáticas, incêndios e desmatamento, resultando em potenciais alterações na distribuição atual da vegetação. É pesquisadora integrante da rede de cientistas apoiados pelo Instituto Serrapilheira.

Lindberg Nascimento Júnior é geógrafo pela Universidade Estadual de Londrina (licenciatura e bacharelado), mestre e doutor em geografia pela Universidade Estadual Paulista. Atualmente, é professor do Departamento de Geociências da UFSC e atua no curso de Geografia nos programas de pós-graduação em Geografia e em Desastres Naturais. É coordenador do Laboratório de Climatologia Aplicada (GCN/UFSC), e vice-líder do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão População e Políticas da Espacialidade (NuPOPE) e do Grupo Alteritas de Estudos e Pesquisas sobre Diferença, Arte e Educação, e desenvolve atividades nos campos de Climatologia Geográfica, Geografia do Clima e Geografia Física Crítica (Critical Physical Geography), com enfoque nos temas que versam sobre a variabilidade climática, clima urbano, risco climático, desastres, racismo ambiental e educação geográfica antirracista.

Lindberg Nascimento Júnior é professor do Departamento de Geociências da UFSC (Foto: Stefani Ceolla/Apufsc)

A Sepex retornou em 2022 ao formato presencial depois de três anos. Na cerimônia de abertura, na última quarta-feira, dia 9, Jacques Mick, pró-reitor de Pesquisa e Inovação, e Joana Célia dos Passos, vice-reitora da UFSC, ressaltaram a importância da retomada do evento apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pela universidade. “Não é só um evento. É uma atividade que marca e traz para o coração da universidade aquilo que a gente é como instituição, ensino e pesquisa”, disse Joana.

Imprensa Apufsc