PEC da Transição: Despesas de universidades feitas com receitas próprias ou doações ficam fora do teto de gastos

O texto apresentado libera outras despesas de até R$ 22,9 bilhões

Após quase duas semanas de debates, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) entregou nesta quarta-feira, dia 16, ao Congresso a chamada PEC da Transição, proposta de emenda constitucional que abre espaço no Orçamento de 2023 para promessas de campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto prevê o pagamento do Bolsa Família fora do teto de gastos (a regra que limita o crescimento das despesas públicas) em caráter permanente.

Além de retirar da regra fiscal que limita a expansão dos gastos públicos todo o orçamento anual do programa que Lula vai rebatizar de Bolsa Família, o texto apresentado também libera outras despesas de até R$ 22,9 bilhões.

Despesas de universidades feitas com receitas próprias ou doações também ficam fora da regra. Por exemplo: se uma instituição federal de ensino vende um projeto a uma empresa privada, o gasto desse montante entre na conta do teto. Se a PEC for aprovada, será excluído da regra fiscal.

Arthur Lira (C) recebe de Geraldo Alckmin a minuta da PEC da Transição (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

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