Reitoria da UFSC avalia prejuízos causados pelas fortes chuvas

Saiba como ficam os atendimentos no restaurante e na biblioteca universitária no campus Florianópolis, onde as atividades foram suspensas nesta quinta-feira, e a situação dos demais campi

Nas últimas 24 horas, foram registrados mais de 198 milímetros de chuva em Florianópolis, segundo a Defesa Civil. Ainda na noite desta quarta-feira, dia 30, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) começou a apresentar pontos de alagamento. A Capital catarinense foi uma das mais prejudicadas pelo mau tempo. A Administração Central da universidade cancelou as aulas desta quinta-feira, dia 1º, e o prefeito de Florianópolis decretou situação de emergência na cidade. Na manhã desta quinta, o reitor Irineu Manoel de Souza visitou os centros de ensino da UFSC para avaliar os prejuízos causados pela chuva.

De acordo com João Luiz Martins, diretor do Gabinete da Reitoria, que acompanhou o reitor na vistoria pela universidade, a situação é delicada.

“O Restaurante Universitário vai funcionar só para os isentos, a Biblioteca está fechada, as aulas foram suspensas e cada setor administrativo está negociando com os seus servidores o trabalho remoto ou pontualmente algumas coisas mais emergenciais. Uma situação difícil de retomada”, destaca Martins.

Com as fortes chuvas das últimas 24 horas, as partes mais baixas da universidade tiveram um prejuízo maior. O prefeito do campus, Hélio Rodak de Quadros Júnior, aponta que as unidades mais afetadas na noite desta quarta-feira foram os prédios do Centro de Ciência Agrárias (CCA), que tiveram de interromper algumas pesquisas por conta da água que invadiu os laboratórios, o conjunto de modulados do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM), com registros de alagamento, e a ala do Anatômico, onde a água chegou a ficar na altura do joelho. Além disso, no Departamento de Engenharia Mecânica a inundação chegou até a altura da maçaneta da porta dos carros.

O prefeito do campus afirma que as medidas desta quinta-feira estão vinculadas ao exercício de mitigação de danos, à parte de limpeza, desobstrução de vias e orientação aos usuários. “Por enquanto, estamos fazendo um monitoramento. Pelo menos a cada quatro horas eu faço contato com a Defesa Civil para verificar os boletins deles e fazer alguns alinhamentos.” De acordo com Hélio, os modelos matemáticos analisam que o pior já passou, mas ainda há possibilidade de ocorrência o fenômeno de Lestada, que provocou as fortes chuvas nos nos últimos dias em SC.

Sobre o retorno da comunidade acadêmica ao campus, o prefeito destaca: “Pode ser que amanhã [sexta] as aulas voltem, mas nem todos os equipamentos da universidade estejam em funcionamento”. Ele ressalta que, com os danos que acometeram o Departamento de Gestão Patrimonial e a Biblioteca Universitária – onde parte do forro cedeu -, não se descarta a possibilidade de precisar mais do que um dia para retomar as condições de uso.

Situação dos campi

Nos demais campi da UFSC o cenário é melhor e todas as aulas seguem normais. Em Curitibanos, as chuvas foram esparsas e não causaram nenhum dano. No campus Joinville, apesar da cidade ter decretado situação de emergência ainda na segunda-feira, dia 26, o diretor Diego Santos Greff afirma que a universidade não foi atingida. Em Blumenau, a preocupação da prefeitura é com riscos deslizamentos de terra, mas até o momento tudo está dentro da normalidade nas estruturas da UFSC. A Apufsc-Sindical aguarda ainda informações sobre o campus de Araranguá.

Karol Bernardi
Imprensa Apufsc