PEC da Transição trava no Congresso e risco é de desidratar proposta

Arthur Lira (PP-AL) anunciou nesta quinta-feira adiamento da votação da proposta para próxima terça-feira

Sem votos para impedir a desidratação do texto, o PT concordou em postergar a análise da proposta que abre espaço no Orçamento de 2023 para as propostas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como manter o Bolsa Família em R$ 600 mensais, dar aumento real para o salário mínimo e recompor programas de saúde e educação. Após um dia de intensas negociações, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou o adiamento da votação da PEC da Transição para a próxima terça-feira.

O objetivo da base de Lula é manter a proposta como foi aprovada no Senado, com elevação do teto em R$ 145 bilhões — mais R$ 23 bilhões em investimentos, somando R$ 168 bilhões — com validade de dois anos.

Não havia até quinta um acordo político para garantir os 308 votos necessários entre os 513 deputados, o que frustrou o PT. A avaliação na Câmara era que não seria possível evitar uma desidratação do texto. Um dos pontos no radar dos parlamentares é a redução do prazo da “licença para gastar” de dois anos para apenas um ano, o que forçaria o governo a renegociar anualmente com o Congresso. O PT não abre mão de que a medida valha também em 2024.

Leia na íntegra: O Globo