Em obras, CED da UFSC terá salas de aula reformadas, áreas comuns ampliadas e integração de blocos

Bloco A do centro, que abriga as salas de aula dos cursos de graduação e pós-graduação, há anos era alvo de reclamações da comunidade acadêmica sobre desgastes da estrutura física

O Centro de Ciências da Educação (CED), um dos mais antigos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está passando pela primeira grande reforma em seu bloco A, construído na década de 1970. O prédio, que inicialmente foi sede do Colégio de Aplicação e até ano passado abrigava as salas de aula dos cursos de graduação e pós-graduação do centro, há anos era alvo de reclamações da comunidade acadêmica sobre desgastes da estrutura física, relatadas em parte no dossiê sobre as condições de trabalho docente e funcionamento geral levantado pela Apufsc em 2022.

“Ao longo dos últimos anos se investiu muito em mobiliário, cadeiras melhores, mas tem algumas coisas que dizem respeito ao prédio de mais de 50 anos que precisava ser reformado”, conta o diretor do centro, o professor Hamilton de Godoy Wielewicki, satisfeito que a reforma tenha começado em fevereiro deste ano.

A reforma desalojou, temporariamente, as salas de aula do centro, que agora depende de apoio de outras unidades de ensino e do Espaço Físico Integrado (EFI) da UFSC para alocar as turmas. O diretor estima que a reforma irá levar pelo menos dois anos para ser concluída. “Tem uma compreensão no CED de que são males que vem para bem“, avalia.

O bloco A do CED, além de abrigar as salas de aula da graduação e pós-graduação, também era sede das organizações acadêmicas. O novo projeto, elaborado pelo Departamento de Projetos de Arquitetura e Engenharia (DPAE) da Prefeitura Universitária da UFSC, promete ampliar as áreas comuns e espaços de convivência e garantir a integração entre os demais blocos. “É um prédio que sai do milênio passado para o terceiro milênio. É um outro tipo de conceito em termos de acessibilidade, de ventilação, completamente diferente do que a gente tinha“, conta Wielewicki.

Obra no Bloco A do CED deve ser concluída em dois anos, estima a Direção (Foto: Karol Bernardi/Apufsc)

Já nos blocos administrativos, o principal problema quanto à estrutura física são as infiltrações, principalmente nas junções entre os blocos. O diretor conta que chamou a equipe técnica da Prefeitura Universitária para que fosse feito um laudo dos problemas estruturais do CED. Com as informações, a Direção pretende pleitear as soluções, sobretudo aquelas em que pequenas intervenções são suficientes.

Sobre a falta de salas para docentes, apontada no dossiê, Wielewicki conta que este é “um desafio histórico“. Apesar de estar na Direção há apenas seis meses, como professor já tinha conhecimento deste problema porque o corpo docente do CED é muito numeroso. Wielewicki também conta que as questões tecnológicas, como já apontadas em outros centros, também são uma demanda recorrente no centro.

“Tem coisas que são lutas da instituição, das unidades como um todo […] O cenário é como a gente se mexe nesse conjunto ainda muito complexo de situações. Tem um orçamento da universidade que precisa ser fortemente recomposto, isso não está ainda pautado, então está para além da própria universidade“, conclui.

Sobre a obra

Segundo a UFSC, o valor total a ser investido na reforma e a adequação do Bloco A do CED está orçado em R$ 10,35 milhões e, ao final de dois anos, a universidade deverá contar com um centro de ensino construído sob novo conceito, com maior acessibilidade e sustentabilidade, áreas comuns e espaços de convivência requalificados e integração entre os quatro blocos. A obra inclui também um bicicletário para 150 bicicletas.

Com a reforma, o prédio do Bloco A terá uma área útil de aproximadamente 3.500 metros quadrados. Em um projeto novo de climatização, os atuais aparelhos de ar condicionado, muitos deles de uso doméstico, serão substituídos. O prédio também contará com um elevador. 

Um efeito colateral da reforma será a necessidade de retirar 31 árvores e arbustos. Para compensar esse corte, a UFSC irá plantar 60 mudas de espécies nativas em sua área, o dobro das espécimes que serão suprimidas no processo. 

Projeto de reforma e adequação do CED (Imagens: DPAE/UFSC)

A equipe de Comunicação da Apufsc também ouviu a Administração Central da universidade sobre os problemas identificados. As respostas, enviadas nesta quarta-feira, dia 18, pela Coordenação de Imprensa do Gabinete da Reitoria. Leia a resposta da UFSC na íntegra.

Lais Godinho
Imprensa Apufsc