Trabalhadores terceirizados responsáveis pelas portarias da UFSC entram em greve; Reitoria aponta omissão de empresa

“Apesar de não ser a responsável pelo atraso, a universidade tem ciência do impacto dessa situação junto aos trabalhadores e à comunidade universitária e está exigindo que a empresa solucione o problema”, afirma a universidade em nota

A semana começou com cerca de 80 trablhadores terceirizados resposáveis pelas portarias da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em greve por tempo indeterminado. Conforme o Sindicato dos Empregados em Asseio e Conservação (Sindlimp) informou ao SCC10, é constante o atraso de salários da empresa D&L, com sede em Fortaleza, e terceirizada pela UFSC. De acordo com o presidente do sindicato, Neucir Paskoski, os salários de março estão em aberto.

Em entrevista ao TJ UFSC, Paskoski afirmou: “Essa empresa já vem com alguns problemas de atraso de salário, vale-alimentação. Fizemos uma assembleia com parte dos trabalhadores, que decidiram parar suas atividades em função da falta de pagamento de salário, valor essencial para garantir o sustento de suas famílias. A situação se tornou insustentável”.

Nesta quarta-feira, dia 12, terceiro dia de greve, trabalhadores seguiam concentrados no prédio da Reitoria, acompanhados de representantes do Sindlimp.

Trabalhadores dialogaram com reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza (Foto: Sindlimp/Divulgação)

Na terça, dia 11, a Reitoria da UFSC emitiu uma nota sobre o assunto, em que acusa a empresa terceirizada de omissão. Leia na íntegra:

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) esclarece, em decorrência da paralisação de funcionários terceirizados responsáveis pelo serviço de portaria em Florianópolis, que não deu causa ao atraso no salário desses trabalhadores. Os procedimentos administrativos exigidos em contrato para pagamento a que faz jus a empresa contratada – tais como documentações e comprovações de regularidade trabalhista – estão pendendentes por omissão da empresa. A universidade aguarda a apresentação de documentos exigidos por lei por parte da contratada, sem os quais não é possível liberar os recursos para pagamento. Apesar de não ser a responsável pelo atraso, a universidade tem ciência do impacto dessa situação junto aos trabalhadores e à comunidade universitária e está exigindo que a empresa solucione o problema e apresente os documentos necessários ao correto andamento do contrato, além de regularizar o pagamento dos salários dos trabalhadores.

A empresa D&L foi procurada pelo portal SCC10, mas não se manifestou sobre o caso.

Imprensa Apufsc