Na UFSC, ministro dos Direitos Humanos afirma que a universidade precisa estar próxima das necessidades do povo brasileiro

Silvio Almeida participou do evento Diálogos Transversais do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, participou na manhã desta terça-feira, dia 1º, do evento Diálogos Transversais do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência “Viver sem Limite 2”. A ação, promovida pelo MDHC e pela Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proafe) aconteceu no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O evento também marcou o lançamento da campanha de combate ao capacitismo. O reitor e a vice-reitora da UFSC, Irineu Manoel de Souza e Joana Célia dos Passos, participaram da mesa de solenidade junto ao ministro e outras autoridades. Durante discurso, Silvio Almeida ressaltou a importância de valorizar as universidades públicas e de qualidade. A Diretoria da Apufsc-Sindical esteve presente.

Ministro Silvio Almeida entre o reitor da UFSC, Irineu, e a vice-reitora, Joana (Foto: Filipe Melo/Apufsc)

O ministro destacou que a universidade é lugar de encontro, convivência, inclusão e diversidade, e que deve estar aberta ao povo brasileiro. “Uma universidade que exclui as pessoas é tudo menos uma universidade”, ressaltou. Almeida também pontuou a importância das instituições públicas de ensino nesse processo de construção de políticas públicas do “Viver sem Limite 2”. Ele lembra que o Plano Nacional busca dar continuidade à primeira versão de 2011, ampliando as ações de garantia plena e cidadania de pessoas com deficiência, e que deve ser apresentado em setembro.

Cancellier presente

No início de sua fala, o ministro dos Direitos Humanos recordou a injustiça sofrida pelo ex-reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, e afirmou que a federal catarinense está passando por um momento de ressinificação.

Silvio Almeida lembrou do reitor Cancellier (Foto: Filipe Melo/Apufsc)

“Ao ter sua vida ceifada, ele [Cancellier] fez com que a nossa luta ganhasse um novo significado. Ele mostrou como é importante nós valorizarmos a vida e respeitarmos a morte”, disse Silvio Almeida.

A vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos ressaltou ser “muito significativo termos o ministro dos Direitos Humanos em uma universidade que teve um reitor com a vida ceifada abruptamente.” Joana lembrou que a UFSC é um espaço de resistência aos ataques vividos nos últimos tempos e pontua que o evento do Plano Nacional não é importante apenas para a universidade, mas para Santa Catarina. Com mais de 500 pessoas com deficiência matriculadas nos cursos de graduação, a vice-reitora ressalta que o objetivo é aumentar ainda mais esse número e que sua gestão foi eleita calcada na inclusão.

Também presente na mesa de autoridades, a secretária Nacional da Pessoa com Deficiência do MDHC, Ana Paula Feminella, disse que acompanha com muita gratidão o ministro nessa refundação da política do governo federal. Ela aproveitou para anunciar o lançamento da campanha “Combata o Capacitismo” que, nesta etapa, irá distribuir cartazes informativos, com o apoio financeiro da Fiocruz.

Assista à transmissão ao vivo feita pela TV UFSC:

Karol Bernardi
Imprensa Apufsc