Sem definição e com alta inadimplência, novo Fies atrasa e preocupa universitários

Ministro da Educação prevê que o texto seja encaminhado ao Congresso até o final de janeiro, mas a iniciativa depende de outros ministérios e do aval da Casa Civil, conforme o Globo

Apesar da previsão dada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, ao longo de 2023, o redesenho do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) ainda não saiu do papel. O esforço, segundo o ministro, é que o texto seja encaminhado ao Congresso até o final de janeiro, mas a iniciativa depende de outros ministérios e do aval da Casa Civil.

O Globo ouviu o relato de universitários que aderiram ao programa do governo e demonstram temor de não concluírem as graduações por não conseguirem arcar com os custos. Criado em 2001, o Fies se propõe a financiar a graduação em instituições de ensino superior privadas, a partir da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O fundo passou por mudanças ao longo dos 23 anos.

“A cada novo aumento, eu tenho me encontrado em situação de desespero, pois não tenho conseguido arcar com a coparticipação ao longo do semestre. Ao ter que pagar as parcelas em atraso para renovar o contrato, eu me vejo obrigada a implorar empréstimos para familiares”, conta a estudante de medicina em Salvador, Helen Nascimento, que relata só ter chegado à reta final do curso com a ajuda de familiares, além de se endividar com instituições financeiras. “Minha mãe também pega empréstimo em bancos, já perdi a conta dos juros que temos pagado”, diz Helen, no oitavo período da faculdade.

Leia na íntegra: O Globo