Apufsc-Sindical realiza palestra sobre carreira docente e negociação com o governo

Eduardo Rolim explicou a proposta apresentada pelo Proifes-Federação ao governo federal

Na tarde desta quarta-feira, dia 17, a Apufsc-Sindical realizou a palestra “A proposta de carreira docente apresentada pelo Proifes-Federação ao governo”. O momento reuniu professores e professoras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). A palestra foi ministrada por Eduardo Rolim, tesoureiro do Sindicato Intermunicipal de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Sul (Adufrgs).

Adriano Duarte e Eduardo Rolim na mesa da palestra realizada no auditório do CCE (Foto: Ana Laura Baldo/Apufsc)

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O evento foi aberto pelo vice-presidente da Apufsc-Sindical, Adriano Duarte, que ressaltou que Rolim “foi um dos fundadores do Proifes-Federação”, onde exerceu várias funções. “Sabemos da importância do tema, porque a Mesa de Negociação [Temporária e Específica da Educação] que vai acontecer sexta-feira está relacionada a ele, especificamente, e o professor Eduardo é um dos especialistas sobre o tema carreira do Proifes. É uma proposta estudada há algum tempo”, reforçou Adriano.

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Tempo de carreira

Rolim informou que essa é a terceira proposta que o Proifes já apresentou nesse processo negocial, que iniciou no ano passado e continua em andamento, e começou a palestra explicando a legislação sobre a carreira docente. Essa proposta saiu do Grupo de Trabalho de Carreira da federação e foi entregue ao governo neste mês de abril.

“Ela trabalha com a seguinte ideia: se a gente não pode diminuir o tempo para chegar no topo [da carreira], também não pode aumentar. Então queremos que sejam mantidos os 19 anos que tem hoje, não mais. A proposta do governo prevê 20, a do Andes 24 anos”, apontou Rolim, que complementou explicando em que classes os professores seriam enquadrados.

Reajuste salarial

Sobre o reajuste salarial, para que o piso seja atendido, Rolim explicou: “queremos também recuperar o piso, da seguinte forma: 9,39% em 2024 e mais 6,82% em 2025 e 2026. Chegaríamos em 2026 com o piso cumprido e um salário na faixa de 27% maior do que hoje, recuperando boa parte das perdas que tivemos, e ainda teríamos uma carreira que não seria pior do que é hoje”. Para o professor, “essa proposta é viável” e “resgata a carreira a partir do que ela é hoje”.

O Proifes estima que as perdas salariais da categoria docente passam de 35%. A entidade, a qual a Apufsc-Sindical é filiada, aguarda uma contraproposta do governo na Mesa Específica e Temporária da Educação nesta sexta-feira, dia 19.

Assista à palestra na íntegra:


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Imprensa Apufsc