Em sua segunda edição, premiação conta com o apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
Criado para valorizar a excelência da produção científica, o Prêmio Jabuti Acadêmico chega à segunda edição reconhecendo a pluralidade da pesquisa desenvolvida no País. Com mais de 2 mil inscrições e 26 obras ganhadoras, a premiação é um tributo e um estímulo a todos que fazem Ciência.
A cerimônia de entrega da premiação ocorreu na noite da última terça-feira, dia 5, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, e contou com as presenças dos vencedores, do corpo técnico que julgou as obras participantes, além de uma apresentação do Coral Heliópolis, do Instituto Baccarelli.
“Estamos orgulhosos com a consolidação do Jabuti Acadêmico, que, mesmo em sua segunda edição, já se destaca pela qualidade e pela importância do que propõe”, ponderou o curador do prêmio, Marcelo Knobel, que também é diretor-executivo da Academia Mundial de Ciências da Unesco.
Criado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Prêmio Jabuti Acadêmico tem o apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC). “Reconhecer a produção científica do Brasil é incentivar a pesquisa, a Ciência e a cultura como pilares para o desenvolvimento do nosso País”, afirmou Sevani Matos, presidente da CBL.
Homenagens da edição
Personalidade Acadêmica
O sociólogo José de Souza Martins foi homenageado como Personalidade Acadêmica do prêmio, em reconhecimento ao conjunto de sua obra e à sua notável contribuição para a compreensão dos fenômenos sociais contemporâneos. O cientista social já recebeu três Prêmios Jabuti na categoria Ciências Humanas com os livros Subúrbio (1993), A Chegada do Estranho (1994) e A Aparição do Demônio na Fábrica (2009).
Natural de São Caetano do Sul (SP), Martins é bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), onde também concluiu o mestrado, doutorado e a livre-docência. Professor titular aposentado da USP, recebeu o título de Professor Emérito em 2008.
Atuou como professor visitante nas universidades da Flórida (EUA) e de Lisboa (Portugal) e foi eleito para a prestigiada Cátedra Simón Bolívar, da Universidade de Cambridge (Reino Unido), sendo o terceiro brasileiro a ocupar o posto, além de se tornar fellow do tradicional Trinity Hall. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pelas universidades federais de Viçosa (MG), da Paraíba e pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (SP).
Entre 1991 e 2003, em Genebra, foi representante das Américas na Junta de Curadores do Fundo Voluntário da ONU contra as Formas Contemporâneas de Escravidão. Em 2002, coordenou, de forma voluntária, uma comissão especial da Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, que elaborou o Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil e Escravo. Desde 2015, ocupa a Cadeira 22 da Academia Paulista de Letras. É autor de 41 livros e de capítulos em 73 obras publicadas na Europa e nas Américas.
Livro Acadêmico Clássico
Durante a cerimônia, a CBL homenageou a obra Metodologia do Trabalho Científico, de Antônio Joaquim Severino, como o Livro Acadêmico Clássico do Prêmio Jabuti Acadêmico 2025.
Publicado pela Cortez Editora, o livro completa 50 anos em 2025 e é referência entre estudantes universitários e docentes. Oferece fundamentos teóricos e práticos essenciais para a realização de atividades acadêmicas e científicas.
Lançada em 1975, a obra chegou à sua 24ª edição em 2024, revista e ampliada, com uma tiragem acumulada de 386 mil exemplares. Consolidou-se como um clássico indispensável no meio acadêmico brasileiro.
O título de Livro Acadêmico Clássico reconhece obras que, ao longo do tempo, mantêm sua relevância e impacto na formação intelectual e científica.
A cerimônia também está disponível na íntegra no canal da CBL no YouTube.
Confira todos os vencedores no site: Jornal da Ciência
