Rafael José de Menezes, Esther Jean Langdon e Miriam Pillar Grossi receberão a honraria
Nesta terça-feira, dia 26, o Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (Cun/UFSC) se reuniu em sessão especial para aprovar a concessão do título de professores eméritos a docentes do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Os três homenageados foram exaltados por suas contribuições com a construção da universidade, estudos de relevância nacional e internacional e atuação nas áreas de diversidade e gênero.

Rafael José de Menezes Bastos é professor titular aposentado do Departamento de Antropologia da UFSC. Sua formação passou por instituições como a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade de São Paulo (USP), e compôs o corpo docente da UFSC por mais de 40 anos, após seu ingresso em 1984. Tornou-se professor titular em 2014 e segue trabalhando como voluntário mesmo após a aposentadoria.
Em seu parecer, o conselheiro Michel Angillo Saad destacou contribuições do professor Rafael como a fundação do Núcleo de Estudos Arte, Cultura e Sociedade na América Latina e Caribe (Musa) e a coordenação do programa de pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS). Os estudos do professor foram fundamentais, ainda, para a consolidação das áreas de Etnologia e Etnomusicologia Indígenas, às quais dedicou muitas de suas pesquisas. O diretor do CFH, Alex Degan, declarou que “ele muito contribuiu para a edificação do saber Antropologia no Brasil e no mundo.” O título foi aprovado por ampla maioria.
A professora Esther Jean Langdon, titular aposentada do Departamento de Antropologia, também teve a concessão do título aprovada por ampla maioria no CUn. Ela faz parte do corpo docente da UFSC desde 1988, e segue atuando como professora e pesquisadora voluntária mesmo após a aposentadoria.
O parecer ficou sob responsabilidade do conselheiro Erasmo Benicio Santos de Moraes Trindade, que destacou a atuação da docente como coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Brasil Plural, que, sediado na UFSC desde 2010, foi um dos primeiros INCTs na área das ciências humanas no país, e contribuiu fortemente para a internacionalização da universidade.
Ele ainda mencionou a contribuição da professora para a formação e consolidação do Departamento de Antropologia, bem como do programa de pós-graduação do departamento, e sua atuação relevante no curso de Licenciatura Indígena no Sul da Mata Atlântica.
Em 2023, a docente também foi homenageada com a publicação, pela Editora da UFSC, do livro “Uma Antropologia da Práxis: Homenagem a Jean Langdon.” O diretor do CFH destacou, ainda, “a ação muito profunda que ela teve, e ainda tem, nas discussões sobre saúde indígena.”

Miriam Pillar Grossi também é professora aposentada do Departamento de Antropologia. Sua carreira na UFSC teve início em 1989, e passou pelos programas de pós-graduação em Antropologia Social e Interdisciplinar em Ciências Humanas. Atualmente, compõe o corpo docente da universidade como voluntária após a aposentadoria. O título de professora emérita foi aprovado por unanimidade no conselho.
O parecer do conselheiro Guilherme Jurkevicz Delben destacou as publicações de Miriam em áreas como antropologia, diversidade e gênero, bem como sua contribuição na formação de pesquisadores e docentes.
A atuação da professora na fundação no Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (Nigs) também recebeu destaque, assim como os cargos de representação que ocupou durante sua carreira, como presidente da Associação Nacional de Pós-graduação em Ciências Sociais (Anpocs), diretora da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) e representante da Antropologia na Capes.
A vice-reitoria da UFSC, Joana Célia dos Passos, afirmou que “reconhecer a professora Miriam Grossi com o título de professora emérita da UFSC enaltece a própria UFSC”, e destacou o marco de 30 anos em que Miriam é uma das organizadoras do evento Fazendo Gênero. Alex Degan também exaltou as contribuições da professora para a UFSC e a ciência brasileira.

Laura Miranda
Imprensa Apufsc
