Sindicatos defendem direito de greve

Denunciar as práticas antissindicais adotadas na iniciativa privada, como os interditos proibitórios, e também as iniciativas do Poder Judiciário contra a luta dos servidores públicos, posturas que cerceam o direito de greve dos trabalhadores.

Este foi o principal objetivo do ato público realizado em 11 de novembro pelo Sindicato dos Bancários de Florianópolis e pelo Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal de Santa Catarina (Sintrajusc) em frente ao Tribunal Regional do Trabalho. Durante a manifestação foi distribuído panfletos à população esclarecendo que a greve é um direito social garantido pela Constituição Federal.

Ao longo de dois anos, os servidores do Judiciário Federal, por exemplo, esgotaram todas as possibilidades de negociação antes de entrar em greve, que só ocorreu pela resistência do Supremo Tribunal Federal em enviar o projeto de lei de revisão salarial ao Legislativo, e também do Executivo em se comprometer com a dotação orçamentária para viabilizar o projeto, que está parado na Câmara dos Deputados. A mobilização foi punida pela Administração do TRT com a exigência de compensação de horas ou corte de salário, ignorado a prática de reposição de trabalho, adotada em movimentos anteriores.

Na iniciativa privada, as práticas antissindicais, com ataques ao Direito de Greve, também estão se intensificando. O Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região, por exemplo, na Greve de 2010 teve a categoria atacada em seu direito, com o recebimento de três interditos proibitórios, prática da qual os bancos têm abusado nos últimos anos. O interdito proibitório é um tipo de ação usada quando o direito de posse ou de propriedade de alguém está sendo ameaçado. Dos anos 1990 para cá, os banqueiros começaram a usar o interdito proibitório contra a luta dos bancários.

O ato contou com a presença de representantes do Sintrasem, Sintraturb e do SINDPD-SC. A Apufsc manifesta seu apoio e solidariedade aos colegas do Sindicato dos Bancários e do Sintrajusc.