Servidores no Acre, DF e Rio ampliam greve. Por propostas concretas do governo, movimento deve continuar crescendo

Após participar nesta quinta-feira de uma reunião no Ministério do Planejamento, de novo sem resultados práticos que os servidores tanto aguardam, a Condsef volta a reforçar a necessidade de ampliar o movimento de mobilização pelo Brasil. Nesta quinta o quadro de greve aumentou no Rio de Janeiro e Distrito Federal com adesão de novas categorias. No DF os servidores da Presidência da Funasa decidiram por unanimidade aderir ao movimento. No Acre, servidores do Incra e Funai também vão cruzar os braços. Com isso chega a 20 os estados com registro de paralisação, e o DF. Confira o quadro atualizado clicando em nosso banner “AGORA É GREVE”. O tema central da reunião desta quinta era a negociação que envolve a busca pela equiparação de tabela salarial criada pela Lei 12.277/10. Estava previsto para o encontro que a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) apresentasse um diagnóstico sobre a situação do PGPE, CPST e carreiras correlatas envolvidas neste debate. Mas nada foi apresentado.

O diagnóstico deveria trazer dados sobre o número de servidores que têm abandonado carreiras da administração pública em busca de carreiras que oferecem melhores remunerações. O alto índice de evasão em vários setores do Executivo tem provocado problemas estruturais importantes e que prejudicam o atendimento à população. A Condsef voltou a reforçar a importância de se assegurar uma proposta que garanta tratamento igualitário a todos esses servidores que desempenham funções de complexidade equivalente.

Após um debate ostensivo sobre a importância de se assegurar avanços neste processo a SRT concordou que até o dia 5 de julho vai enviar uma minuta com o esboço de uma proposta para essas categorias que representam a maioria dos servidores do Executivo. No dia 9 de julho a Condsef deve retornar ao Planejamento para tentar encontrar os consensos na minuta. No dia 18 de julho ficou prevista a discussão do mérito deste processo de negociação que envolve discussão sobre orçamento e elaboração de propostas concretas com apresentação de valores remuneratórios.

Para a Condsef, está claro que o governo segue empurrando o processo de negociações com os servidores para o limite. Para que os avanços concretos apareçam, a entidade continua defendendo o reforço da greve e participação intensa nas atividades já programadas. Entre elas está o Dia Nacional de Lutas agendado para o dia 4 de julho nos estados e o acampamento na Esplanada dos Ministérios entre os dias 16 e 20 do próximo mês.

Acampamento e plenária – Estão programadas ainda diversas atividades ligadas ao movimento paredista dos servidores. No dia 18 de julho está prevista a realização de mais uma marcha à Brasília, para cobrar do governo a resposta das pautas protocoladas. Durante todos os dias haverá atividades políticas na Esplanada. E no dia 20 acontece uma Plenária Unificada de Avaliação com todas as entidades que estão com categorias em greve.

Quanto mais o governo empurrar os processos de negociação, mais os servidores devem se mobilizar. Somente o reforço na mobilização nacional será capaz de fazer com que a categoria obtenha vitórias significativas em um processo de negociações que ainda não apresentou as respostas de melhoria que os servidores e serviços públicos necessitam.