Nova Assembleia Geral: 31 de julho e 1º de agosto em auditório do Centro Tecnológico (CTC)

O Comitê de Greve dos Professores da UFSC convida todos os docentes para Assembleia Geral nos dias 31 de julho e 1º de Agosto. No dia 31 de julho, terça-feira, às 14h, no auditório do Departamento de Engenharia de Produção, a pauta é: informes e avaliação da proposta do governo. No dia 1º de agosto, quarta-feira, haverá a votação em urna, quando os docentes vão definir se aceitam ou não a proposta apresentada pelo governo. A votação em urna acontece das 8h30 às 18h30, em urnas distribuídas nos câmpus de Florianópolis, Araranguá, Joinville e Curitibanos.

Confira a avaliação do Comitê sobre a nova proposta.

 

I. Avanços:

O Governo manteve todos os aspectos positivos da sua proposta anterior (de 13/07), já destacados no “Informe Greve” n. 3 (de 17/07). Além destes, apresentou agora os seguintes avanços:

1. Aumento linear mínimo de 25% para todas as classes, mantendo os reajustes acima deste nível (como proposto anteriormente) para Titulard+ Associado 3 e 4d+ e Adjunto 3 e 4, os quais obterão aumento real de saláriosd+

2. Este adicional agrega mais R$ 280 milhões sobre a primeira proposta, totalizando um aumento de R$ 4,18 bilhões na folha docente federal (até 2015), ou seja: 32% maior que hoje.

3. Antecipação dos reajustes para março (2013, 2014 e 2015) – anteriormente estavam previstos para julhod+

4. Mantém a proposta de incorporar a classe de Titular à carreira, agora, porém, sem restringir ao limite de 20% do total de docentes que poderiam ascender a este nível. Todos os professores Associados IV, após interstício de dois anos, poderão pleitear a ascensão a Titulard+

5. Manutenção de cargo isolado de “Professor Titular” (tal como existe hoje) acessível apenas por concurso público, para permitir o ingresso de docentes de outras instituiçõesd+

6. Retirou a exigência da carga horária mínima de 12 hs semanaisd+

7. Na carreira do EBTT, removeram-se os obstáculos que impediam graduados e especialistas chegarem à D III. Todos os docentes do EBTT poderão atingir o nível D IIId+ os mestres à D IV, e doutores à Titular. A instituição da “Certificação de Conhecimento Tecnológico” valoriza o trabalho docente, permitindo a progressão independente da titulação.

8. Reposionamento para níveis superiores da classe de associado dos professores efetivos que ficaram estacionados, com doutorado, como adjunto por longos anos.

 

II. Aspectos negativos:

1. A estrutura remunerativa ainda não alcançou a almejada equiparação como os parâmetros salariais da carreira de pesquisadores em ciência e tecnologia.

2. Tampouco contemplou os aposentados retidos como adjunto 4, constituindo, porém, um Grupo de Trabalho para encaminhar a situação destes.

 

Avaliação:

Colegas, o aumento de no mínimo 25% (para algumas classes) não é irrazoável, pois, com o agravamento da crise internacional, a expectativa é de retração econômica no futuro próximo, podendo-se esperar também uma relativa queda inflacionária para 2013 e 2014. Mesmo se mantivermos as atuais taxas inflacionárias, as categorias com menor aumento empatarão com a inflação.

O fato é que estamos imersos num panorama recessivo: a arrecadação fiscal federal registrou agora em junho sua primeira queda desde 2011.

Não é desprezível o que o governo apresenta, ainda que não seja aquilo que sonhamos. Mas, diante deste cenário, cabe perguntar: é possível obter mais?

No presente contexto, visto que a proposta apresentada corrigiu quase todos os aspectos negativos por nós apontados anteriormente (ver Informe Greve n. 3, de 17/07), e considerando o condicionante abaixo, indicamos para a próxima AG a assinatura do acordo com o Governo e a saída da greve.

Condicionante: se, dentro de três meses, o GT que tratará dos aposentados no nível de Adjunto não definir um cronograma de equiparação da situação destes com os da ativa no âmbito do prazo deste acordo, retomar-se-á a greve.

Comitê Local Provisório de Greve

Apufsc-Sindical