Ensino Superior deve continuar sob Ministério da Educação, diz Bolsonaro

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta terça-feira, 13, em Brasília, que a gestão do Ensino Superior no Brasil deve continuar sob responsabilidade do Ministério da Educação. A equipe de Bolsonaro estudava transferir a atribuição sobre as universidades federais  para o Ministério da Ciência e Tecnologia, que terá como ministro o engenheiro aeronáutico Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro.

“A princípio vai ser mantido no Ministério da Educação, mesmo”, disse o presidente eleito a jornalistas ao chegar ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), onde se encontrou com o ministro João Batista Brito Pereira, presidente do TST.

Jair Bolsonaro também afirmou que “é possível” que o nome do novo ministro das Relações Exteriores seja anunciado até esta quarta-feira, 14. “É possível acontecer até amanhã, está bastante madura essa questão, queremos alguém do quadro do Itamaraty”, disse.

Indagado se o escolhido seria um homem ou uma mulher, Bolsonaro disse que “tanto faz, pode ser gay também”.

Conforme VEJA revelou na semana passada, um dos nomes mais cotados para o posto é José Alfredo Graça Lima, embaixador de carreira do Itamaraty que se aposentou da carreira diplomática em 2016.

Sobre o indicado ao Meio Ambiente, Jair Bolsonaro disse que, a princípio, trabalha com dois nomes e que o indicado também pode ser anunciado até amanhã. “Estamos pegando a questão técnica, realmente alguém que tenha vontade e iniciativa para mudar muita coisa, de modo que você destrave a questão ambiental. A questão de licenças ambientais tem atrapalhado muito o crescimento do Brasil”, declarou.

Questionado sobre a nomeação do advogado Gustavo Bebianno como ministro da Secretaria-Geral da Presidência, indicada ontem pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Bolsonaro disse que “o que não foi anunciado não está fechado”. Em um ato falho, Onyx disse que havia feito uma visita ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, acompanhado do “futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência”, Bebianno. O advogado foi um dos assessores mais próximos ao presidente eleito durante a campanha eleitoral.

Bolsonaro também comentou a possível escolha do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), médico ortopedista, para o Ministério da Saúde, e deu a entender que a opinião da Frente Parlamentar da Saúde, da qual Mandetta faz parte, será levada em consideração.

O pesselista tem ouvido os grupos temáticos de deputados, em detrimento de partidos, para a montagem de uma base aliada. A futura ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária e foi indicada pelo grupo ao presidente eleito.

“[Mandetta] é muito benquisto por grande parte dos médicos de todo o Brasil, a própria Frente Parlamentar da Saúde à ideia dele, ele deixou um rastro de bom serviço lá em Mato Grosso do Sul, então é um nome que está sendo cogitado”. Luiz Mandetta foi secretário municipal de Saúde de Campo Grande (MS) entre 2005 e 2010.

Jair Bolsonaro afirmou que pretende concluir a formação da equipe ministerial até o fim de novembro. “Antes não, nós não podemos correr, indicar um nome hoje e amanhã dizer que não é mais ele”, ponderou.

Ministro da Defesa anunciado

O presidente eleito anunciou na manhã desta terça-feira o nome do general Fernando Azevedo e Silva para o Ministério da Defesa. Oficial de quatro estrelas do Exército, condição estabelecida por Bolsonaro para escolher o ministro, Azevedo e Silva é assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli.

Assim como nos outros seis ministros já escolhidos para a Esplanada dos Ministérios do novo governo, Jair Bolsonaro fez o anúncio da indicação do futuro ministro da defesa por meio de sua conta no Twitter.

Ocuparão cargos no primeiro escalão do governo Bolsonaro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Tereza Cristina (Agricultura).

Fonte: Veja