Movimentos pela educação e parlamentares reagem às ofensas do ministro da educação contra brasileiros

O líder da Rede no Senado, senador Randolfe Rodrigues, e o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) querem que o ministro vá ao Congresso Nacional dar explicações sobre declarações contra os brasileiros. “Ele atacou de forma inaceitável a honra dos brasileiros, chamando a todos de ladrões. E nós não aceitamos isso. Ele tem que vir à Câmara se explicar e pedir desculpas aqui ao povo brasileiro”, acrescenta Molon. Em entrevista publicada pela revista Veja no último final de semana, em que defendeu o fim do sistema de cotas, a cobrança de mensalidades nas universidades federais e o retorno da disciplina “educação moral e cívica”, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez também chamou os brasileiros de “canibais”, acusando-os de roubar artigos em hotéis e de mau comportamento em viagens. O movimento Todos pela Educação também criticou as declarações de Vélez Rodríguez e defendeu o enfrentamento dos problemas reais da educação. Ao jornal Valor Econômico, o ministro afirmou que “a ideia de universidade para todos não existe” – outra frase que gerou polêmica.

 

Por meio de nota, a assessoria de Vélez Rodríguez justicou a fala sobre o acesso às universidades como uma forma de dar ênfase à valorização do ensino básico e técnico. Sobre a declaração do comportamento dos brasileiros, o texto afirma que o ministro se referia a casos específicos e não quis generalizar. Em vídeo publicado no site do Ministério da Educação na última segunda-feira (4), o ministro anunciou que vai “impulsionar” o Projeto Rondon entre estudantes do ensino superior e defendeu a inclusão da disciplina de educação moral e cívica em todos os níveis de ensino. Integrantes do governo, como o senador Major Olímpio (PSL), defendem as ideias do ministro.

Leia mais em: G1 / O Estado de São Paulo / Uol Educação


C.D. / L.L.