Ministério diz que não há nada concreto sobre Lava Jato da Educação

MEC ainda não deu detalhes sobre a investigações que teriam começado em fevereiro 

Desde que anunciou, em fevereiro, as investigações que dariam origem à uma Lava Jato da Educação, o Ministério da Educação (MEC) não deu detalhes do que estava sendo investigado, nem quais os resultados dessa apuração. Ontem, em resposta a um questionamento do jornal O Estado de S. Paulo, o MEC informou que “até o momento não há nenhum fato concreto” sobre a chamada Lava Jato da Educação. O pente fino em eventuais casos de corrupção na pasta havia sido anunciado como uma prioridade do ministro Ricardo Vélez Rodríguez. 

“Quanto à especificação do conjunto de irregularidades a serem apuradas, cumpre esclarecer que, até o momento não há nenhum fato concreto, mas sim a necessidade de se buscá-los”, diz o texto, que é assinado pelo ministro da Educação, mas sem mencionar o nome de Vélez.

O texto ainda cita que “o protocolo de intenções firmado tem por objetivo apurar a existência de irregularidades no MEC, e, caso sejam encontradas, os partícipes se comprometem a tomar as providências cabíveis no âmbito das competências específicas de cada um”.

Vélez anunciou a investigação interna em fevereiro, com assinatura do protocolo, e disse que a intenção era verificar atos das gestões anteriores que tivessem indícios de corrupção e desvios. Segundo ele, isso daria origem a uma Lava Jato da Educação. O anúncio teve a presença do ministro da Justiça, Sergio Moro, da Polícia Federal e outros órgãos do governo.

No dia do anúncio, foram mencionados problemas no Programa Universidade para Todos (ProUni), que dá bolsas em faculdades privadas, e no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), para cursos técnicos. Ambos foram criados em governos do PT.

Leia Mais: Estadão