Governo promete liberar cargos para partidos que apoiaram a reforma da Previdência

Diretorias da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba  (Codevasf) serão loteadas entre DEM,  PP, MDB e PSDB 

 

Após aprovação do texto-base da reforma da Previdência, o governo federal promete “destravar” as indicações e acelerar a distribuição dos cargos para partidos que apoiaram a primeira etapa do processo na Câmara, informa O Estado de São Paulo.

Apesar de ter instituído há dois meses o Sistema Integrado de Nomeações e Consultas Sistema Integrado de Nomeações e Consultas, plataforma eletrônica para registro, controle e análise de indicações para cargos e funções de confiança no âmbito da administração pública federal, o governo ainda não preencheu a maioria das vagas de segundo escalão nos Estados.

Até agora, a maior parte dos compromissos assumidos pelo Planalto foi com o Centrão, grupo que atuou como fiel da balança para a aprovação das mudanças na aposentadoria.

A estratégia do Planalto também prevê atenção especial ao Nordeste, região na qual está, por exemplo, a cobiçada Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Diretorias da estatal serão loteadas entre  DEM,  PP, MDB e PSDB 

 

As negociações têm sido feitas com as bancadas estaduais, e não com os líderes dos partidos, mas até hoje a liberação dos espaços nas repartições federais foi a conta-gotas. A ideia é que, além da Codevasf, superintendências do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) , da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sejam preenchidas no pós-Previdência.

 

Liberação de verbas e cargos

 

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, vários parlamentares confirmaram que, nos últimos dias, que coincidiram com a aproximação da votação da Previdência, mais de 300 indicações de congressistas que estavam há meses na gaveta começaram a ser efetivadas. A prática contraria o discurso de campanha de Jair Bolsonaro, que se colocava como opção à “velha política”.

Só de verbas para as emendas parlamentares — que destinam dinheiro para obras e investimentos nos redutos eleitorais dos congressistas—, o governo prometeu uma soma de mais de R$ 5 bilhões para as já previstas e para um lote extra.

 

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