Reunião Anual da SBPC leva mais de 30 mil pessoas à UFMS

 

71° edição aconteceu entre os dias 21 e 27 de julho, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) 

A Reunião Anual da SBPC levou cerca de 30 mil pessoas à UFMS para debater políticas públicas ligadas à Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação. No encontro, estudantes e pesquisadores se queixaram e sobre os contingenciamentos e cortes do governo nas áreas de educação e de ciência e tecnologia. Presente no evento, o ministro Marcos Pontes garantiu que pretende recompor o orçamento da pasta e que Bolsonaro seria um aliado nesse objetivo.

Realizado entre 21 e 27 de julho, a reunião da SBPC, que acontece desde 1948 e a cada ano em um estado diferente, reuniu representantes de sociedades científicas, autoridades e gestores do sistema nacional de ciência e tecnologia do país. A Programação Científica é composta por conferências, mesas-redondas, encontros, sessões especiais, minicursos e Sessões de Pôsteres (que inclui a Jornada Nacional de Iniciação Científica). 

O presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira, frisou a importância de que o canal de diálogo entre governo e sociedade esteja sempre aberto. “O papel das nossas reuniões anuais é instigar a sociedade a participar mais, a lutar por um futuro, por um país melhor. Nessa semana, discutimos moções para levar propostas de políticas públicas aos nossos governantes, reafirmamos em nossos debates a importância da autonomia das nossas universidades e nossa defesa do ensino público, gratuito e de qualidade. Essa é uma das nossas principais lutas”, declarou.

Já o ministro Marcos Pontes foi recebido pelos estudantes sob aplausos e vaias. Alguns seguravam cartazes dizendo “não vai ter corte, vai ter luta”. Pontes afirmou estar otimista quanto ao futuro, mas também disse que os problemas da área de ciência e tecnologia não serão resolvidos “em dois ou quatro anos”. Além de falta de dinheiro, ele apresentou uma lista de dez problemas que assolam a área, incluindo perda de recursos humanos, falta de prestígio, distância da sociedade e falta de indicadores. “Para cada problema temos uma estratégia”, garantiu, mas sem entrar em detalhes sobre as medidas que sua Pasta planeja para enfrentar os obstáculos do setor.

Pontes conta ter buscado apoio da comunidade científica e de membros do Congresso Nacional na tentativa de ampliar os recursos para a pasta. O CNPq, entidade de fomento à pesquisa ligada à pasta precisa de mais de R$ 300 milhões para conseguir honrar o pagamento de bolsas de pós-graduação até o fim do ano.

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