Docentes da UFFS exigem renúncia do reitor e convocam paralisação para amanhã e quarta-feira (11)

Nesta quarta-feira (12), será realizada assembleia para deliberar sobre greve

 

Os docentes da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), reunidos em Assembleia Geral na última sexta-feira (6), deflagaram estado de greve e convocaram paralisação das atividades nesta terça-feira (10) e também na quarta (11).  A atitude é uma resposta à nomeação do reitor Marcelo Recktenvald, a qual desconsiderou a escolha democrática da comunidade universitária para ocupação do cargo. Outra deliberação da assembleia foi a rejeição ao programa Future-se, proposta do governo federal para financiamento das instituições de ensino superior. 

Os estudantes da instituição ocuparam a reitoria no dia 30 de agosto após o MEC nomear Recktenvald. Recém-empossado e sem poder entrar na reitoria, ele começou as atividades na manhã de sexta-feira (6) em um gabinete instalado no prédio da Procuradoria-Seccional Federal, no Centro de Chapecó. 

A juíza Heloisa Menegotto Pozenato convocou uma audiência de conciliação entre os estudantes e reitor não-eleito para amanhã, 10  de setembro, às 14 horas.  A diretoria da SINDUFFS fará uma vigília na frente da porta do prédio da Justiça Federal, onde irá acontecer a audiência, localizado na rua Florianópolis, 901-D, Jardim Itália, Chapecó.

Confira a lista das ações e deliberações da Assembleia dos Docentes da UFFS: 

  1. Renúncia imediata de Marcelo Recktenvald e Gismael Francisco Perin dos cargos de Reitor e Vice-Reitor da UFFS e destituição da comissão de transiçãod+
  2. Garantia de autonomia universitária com nomeação dos candidatos que venceram a eleição na UFFS – Anderson Ribeiro e Lísia Ferreirad+
  3. Rejeição ao Future-se, por ser considerado instrumento de destruição da universidade pública, por meio de uma resistência construída em âmbito nacional. Internamente, organizar mobilizações e debates entre os segmentos da comunidade acadêmica, com deliberações registradas em cada assembleiad+
  4. Apoio às ocupações estudantis e às lutas protagonizadas pelos estudantes contra a nomeação de Marcelo Recktenvald para o cargo de Reitor da UFFSd+
  5. Repúdio ao pedido de reintegração de posse feito pela comissão de transição sem prévia negociação e a qualquer outra medida de coação e violência que venha a ser perpetrada pela Reitoria não eleita contra estudantes e servidores docentes e técnicos da UFFSd+
  6. Participação dos professores nas atividades da ocupação e nos campi com aulas públicas, inclusive com compromisso dos docentes de comparecimento ao local da ocupação, caso se efetive a reintegração de posse, com vistas a prestar solidariedade aos ocupantesd+
  7. Repúdio a qualquer perseguição a estudantes por motivo de adesão ao movimentod+
  8. Contra os cortes de verbas e pela recomposição do orçamento de 2019d+
  9. Repúdio aos cortes de verbas do PLOA previstos para a UFFS para o ano de 2020, em especial os cortes nos recursos da assistência estudantil, que atingem cerca de 40% em comparação ao orçamento previsto para 2019d+
  10. Revogação da Emenda Constitucional n. 95/2016, que limita os gastos e investimentos do governod+
  11. Exigência de garantia de reajuste salarial para o ano de 2020 para os servidores federais e também das progressões na carreirad+
  12. Proposição ao ANDES de abertura do debate sobre greve nacionald+
  13. Solicitação ao ANDES e às entidades nacionais de ações para dar visibilidade à luta da UFFS em defesa da democracia.

Ações:

  1. Deflagração de estado de greved+
  2. Assembleia permanented+
  3. Paralisação das atividades nos dias 10 e 11 de setembrod+
  4. Realização de nova assembleia no dia 12 de setembro, cuja pauta será a deflagração da greved+
  5. Semana de aulas públicas em defesa da democracia e da autonomia universitária, a ser organizada em cada um dos campi.

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