Quem ganha mais no serviço público?

Em meio às discussões sobre a Reforma Administrativa, recuperamos uma reportagem da Revista Piauí que mostra a desigualdade no serviço público

No início deste ano, quando o ministro da Economia Paulo Guedes, já intensificava o discurso contra o funcionalismo público para emplacar a reforma administrativa, ele chegou a chamar os servidores de ‘parasitas”. Naquela ocasião, a Revista Piauí publicou uma reportagem mostrando as desigualdades que existem no serviço público.

Achamos pertinente recuperar este material agora, depois que Bolsonaro entregou sua proposta de reforma administrativa ao Congresso, deixando de fora militares, diplomatas, juízes e parlamentares.

A revista lembra que o Brasil tem 11,4 milhões de postos de trabalho no setor público, grande parte em áreas sociais – apenas na saúde e na educação municipais, são 2,6 milhões de vínculos trabalhistas. Metade dos servidores ganha menos de R$ 2,7 mil por mês – antes dos descontos.

Para a reportagem completa, clique aqui.

Um funcionário público brasileiro ganha, em média, 8% a mais do que um trabalhador que exerce função similar no setor privado. Em um conjunto de 53 países analisados pelo Banco Mundial, esse percentual chega a 21%. Em outras palavras, a cada R$ 100 recebidos por um trabalhador privado, seu par no serviço público brasileiro ganha R$ 108. Na média internacional, a proporção é de R$ 100 para R$ 121.

Há muita disparidade salarial entre os poderes da República. No Executivo, onde trabalham professores, médicos, policiais, cerca de 25% dos funcionários públicos ganham mais de R$ 5 mil. No Legislativo, que engloba vereadores, deputados, senadores e seus funcionários, mais de 35% recebe mais de R$ 5 mil. No Judiciário, onde atuam juízes, promotores, funcionários de fórum, mais de 85% ganham acima de R$ 5 mil.