Florianópolis está próxima do limite de abastecimento de água, aponta pesquisador da UFSC

Produção de esgotos e resíduos sólidos, degradação do meio ambiente e a demanda por água potável crescem, enquanto o número de mananciais permanece constante

Florianópolis está numa situação próxima do limite de abastecimento de água. A constatação é do professor Ramon Lucas Dalsasso, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC, em entrevista à Rádio CBN Diário, no último sábado, 7. O especialista escreveu um artigo em 1996 em que previa o limite de disponibilidade hídrica para a capital em 26 anos. Já se passaram 24 anos e o cenário, segundo ele, é bem preocupante.

“Nós estamos numa situação de limite de recursos e ainda ocorrência de estiagem. Cria-se essa dificuldade de abastecimento de água. O nosso estudo está mais atual do que nunca. A previsão já aconteceu”, diz Dalsasso.

O artigo é assinado também por Cesar Augusto Pompêo e Zoraia Vargas Guimarães, e foi apresentado no Congresso Internacional do México em 1996. Naquela época, Florianópolis tinha população de 285.590 habitantes e não havia ainda captação de água na Lagoa do Peri, no sul da ilha. Atualmente, segundo o IBGE, a capital tem 508.826 habitantes.

O pesquisador da UFSC apresenta como soluções a construção de reservatórios de água, para armazenar nos períodos de chuva e utilização nos períodos de estiagem. Outro caminho apontado é captar água do Rio Tijucas, porém, a um custo bastante alto – a água teria de viajar cerca de 50 quilômetros. A construção de uma adutora desse tamanho iria aumentar o custo de produção.

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