Parlamentares cobram do MEC explicações quanto à biossegurança do Enem

Iniciativas de deputados federais e senadores solicitam que o MEC reveja os erros do primeiro dia de provas e esclareça como ocorrerá a reaplicação, conforme apurou o Correio Braziliense

Na noite desta segunda-feira, 18, parlamentares da Comissão Externa de acompanhamento do Ministério da Educação (Comex/MEC) enviaram ofício ao presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, em que questionam os procedimentos que serão adotados para garantir a reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

 O primeiro dia de aplicação das provas ocorreu neste domingo, 17, e foi cercado de polêmicas. Houve registros de aglomeração, denúncia por descumprimentos de protocolos de segurança e impedimento de estudantes de realizar a prova por lotação das salas.

 “Urge, assim, que a reaplicação do exame seja viabilizada a todos os estudantes prejudicados pela falta de espaço físico adequado, e que o Inep disponibilize, de forma ampla e transparente, dados e informações sobre a questão. Pedimos, assim, que o Inep envide esforços para responder este ofício de forma imediata”, afirma o documento da comissão.

A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), que assina o ofício com outros sete parlamentares, considera que o Inep não cumpriu com as medidas de segurança sanitária com as quais havia se comprometido publicamente e em reunião da Comex/MEC. A parlamentar ressalta que o que está sendo visto é resultado da falta de planejamento da pasta.

A Frente Parlamentar Mista da Educação, que reúne sanadores e deputados federais, lançou uma nota pública em que afirma ser necessário acompanhar e mapear todos os estudantes que não conseguiram fazer as provas no domingo, 18, principalmente aqueles de baixa renda e com acesso mais dificultado à educação.

 “É necessária uma resposta rápida quanto à reaplicação da prova dos alunos que foram impedidos, explicando detalhadamente os critérios para reaplicação. Outro fator muito relevante é a análise dos dados de abstenção neste ano, comparando-o com os das edições anteriores para se entender o real impacto da manutenção do calendário da prova em um momento tão delicado do ponto de vista da saúde pública”, diz o texto.

 O deputado federal e secretário geral da Frente Parlamentar Mista da Educação, Professor Israel Batista (PV-DF), critica a reaplicação em apenas uma leva, o que contraria os pedidos dos parlamentares. Além disso, também pede explicações quanto ao descumprimento das medidas de segurança.

Contatado pela reportagem do Correio Braziliense, o Inep não se manifestou.

Leia na íntegra: Correio Braziliense