Ministro da Educação diz que cortes no orçamento de universidades federais devem ‘adiar projetos’

De acordo com G1, Milton Ribeiro também comentou sobre a acusação de interferência do MEC em favor de uma universidade suspeita de fraude no Enade

O ministro da Educação comentou os cortes nos orçamentos de universidades federais, durante visita ao Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (11). Pela manhã, Milton Ribeiro esteve no campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na Região Central do estado, e afirmou que a pasta irá adiar projetos, como obras nas instituições de ensino.

“O que nós vamos fazer? Ninguém tem a solução para isso. Para a educação, o que nós vamos fazer é adiar alguns projetos. Por exemplo, projetos de obras, enfim. Nós vamos ter que adiar para ver o que é essencial”, disse.

O orçamento do MEC destinado às universidades federais em 2021 teve redução de 37% nas despesas discricionárias, se comparadas às de 2010 corrigidas pela inflação.

A queda afeta recursos destinados a investimentos e despesas correntes, como pagamento de água, luz, segurança, além de bolsas de estudo e programas de auxílio estudantil. A análise não inclui os recursos para salários e aposentadorias, que são despesas de pagamento obrigatório.

Milton Ribeiro condicionou a situação do orçamento à arrecadação de impostos por parte do governo federal. Segundo o ministro, a pandemia prejudicou o ingresso de recursos nos cofres da União.

“Tudo vai depender da arrecadação de impostos do Brasil. […] Se aumentar a arrecadação, seguramente, a educação será privilegiada. Nós vamos tentar, mesmo assim, recompor alguns itens que foram cortados do orçamento. Mas a realidade que estamos vivendo é esta, é a realidade em que o lockdown e a paralisação da economia minimizaram totalmente a arrecadação de impostos”, afirmou Ribeiro.

Denúncia de benefício a universidade

Milton Ribeiro também comentou sobre a acusação de interferência do MEC em favor de uma universidade suspeita de fraude no Enade. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Milton Ribeiro, pastor presbiteriano, teria atuado nos bastidores da investigação, em benefício do Centro Universitário Filadélfia, uma instituição confessional evangélica.

Leia na íntegra: G1