A 13 dias do Enem, 33 funcionários do Inep pedem demissão

MEC diz que Enem está mantido apesar de exonerações 

A 13 dias do início da aplicação do Enem, o órgão do MEC (Ministério da Educação) que organiza o exame sofre uma debandada em protesto contra a atual gestão. Ao menos 33 servidores já pediram exoneração nesta segunda-feira (8).

Os funcionários pediram desligamento de cargos ligados à organização do Enem, marcado para 21 e 28 deste mês. No pedido de dispensa, eles citam a “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep [Instituto nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais]”.

O presidente do Inep, Danilo Dupas Ribeiro, é acusado pelos servidores de promover um desmonte no órgão, com decisões sem critérios técnicos, e também de assédio moral, segundo denúncia da Assinep (Associação de Servidores do Inep). Ele foi levado ao cargo pelo atual ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro, de quem é próximo.

Servidores dizem que, com essas baixas, a realização do Enem fica sob alto risco de falhas. Questionados, MEC e Inep não responderam.

O Ministério da Educação (MEC) informou ontem (8) que o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 está mantido e não será afetado pela saída de servidores do Inep.

De acordo com a pasta, as provas estão com a empresa que será responsável pela aplicação dos exames nos dias 21 e 28 deste mês. O Inep está monitorando a situação para garantir a normalidade do exame, segundo o MEC. 

“Cabe esclarecer que os servidores colocaram à disposição os cargos em comissão ou funções comissionadas das quais são titulares, mas que continuam à disposição para exercer as atribuições dos cargos até o momento da publicação do ato no Diário Oficial da União”, informou o ministério. 

Leia na íntegra: Folha de S. Paulo e Agência Brasil