Proposta no Congresso prevê cortes acima de 5,5% para universidades federais e bolsas do CNPq

Texto de relator da lei orçamentária retira ao menos R$ 470 milhões da ciência, em relação a projeto original do governo, afirma o Globo

Representantes da comunidade acadêmica no Brasil começaram a se mobilizar ontem para tentar barrar no Congresso Nacional o trecho do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2022 que reduz a verba para a ciência. Em relação à proposta original do governo, que já era vista como insuficiente, o texto do relator do projeto, Hugo Leal (PSD-RJ), prevê cortes de 5,8% para universidades federais e de 5,5% para bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico).

Revelada no último domingo, a proposta do deputado prevê repasses menores para diversos órgãos que produzem pesquisa no Brasil. Pelas contas dos cientistas, o corte teria, no mínimo, um impacto de R$ 473 milhões para a ciência brasileira.

Além das universidades e do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) como um todo, a versão do texto atual proposta por Leal afeta a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Em relação ao projeto de lei originário do Planalto, estas perderiam respectivamente R$ 33,2 milhões, R$ 8 milhões e R$ 7,5 milhões.

Leia na íntegra: O Globo