Retomada do desenvolvimento científico depende do incentivo à pesquisa e à tecnologia

Professor Hernan Chaimovich ressalta a integração entre o meio acadêmico e a indústria como possível alternativa na reorganização para a retomada da ciência no País, destaca o Jornal da USP

A chegada do novo governo terá a missão de reconstruir o Ministério da Ciência, um dos mais atingidos por cortes de verbas nos últimos anos. As novas estratégias para o desenvolvimento da produção científica e a recomposição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico no País envolvem o incentivo à pesquisa e à tecnologia. 

O professor Hernan Chaimovich, do Instituto de Química da USP e presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), esclarece que a ausência de uma política voltada para a produção científica é razão da necessidade de reconstrução do ministério. Outro tópico levantado por ele é o desmonte não somente do ministério em si, como da parte financeira responsável pelo incentivo da produção científica: “O Brasil tem toda potencialidade para ser ou voltar a ser uma potência em ciência, tecnologia e inovação. A principal preocupação deveria ser a reconstrução do sistema de apoio à ciência”, adiciona ele. 

Chaimovich coloca tais questões como um problema de ordem estrutural, já que já houve um aumento na produção científica, se forem deixados de lado os últimos três anos, sem necessariamente existir um aumento na visibilidade da importância ou do impacto das produções. Setores como a Biologia Molecular e a Virologia são destaques em pesquisas brasileiras, que foram fundamentais no enfrentamento da pandemia, mas que ainda estão “longe de atingir a média da qualidade mundial”, esclarece o professor.

Leia na íntegra: Jornal da USP