Coordenador do Gipedu da UFSC leva campanha por ciclovias seguras a Paris

O projeto, que tem apoio da Apufsc-Sindical, visa melhorar a mobilidade urbana e a qualidade de vida no entorno da universidade

O coordenador do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Ecologia e Desenho Urbano (Gipedu) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), professor Francisco Antônio Carneiro Ferreira, levou a campanha por ciclovias seguras e em rede a Paris no mês de janeiro. O docente se encontrou com o presidente da França, Emmanuel Macron, com quem tem uma amiga e uma causa em comum: Macron é solidário com os esforços para implantação de ciclovias e parques. O presidente tirou uma foto em apoio à campanha, que foi apresentada a ele pelo professor Francisco.

Emmanuel Macron, presidente da França, segura a camiseta da campanha por ciclovias seguras e em rede, da UFSC, ao lado do professor Francisco Antônio Carneiro Ferreira (Foto: Arquivo pessoal)

A campanha por ciclovias seguras e em rede foi lançada em agosto de 2022 pelo Gipedu da UFSC. Foram divulgados quatro abaixo-assinados pedindo a criação de ciclovias nos bairros Trindade, Córrego Grande, Pantanal e Carvoeira. As propostas são baseadas em estudo realizado pelo Gipedu no âmbito do Projeto de Extensão Campus-Parque, sob coordenação do professor Francisco Antonio Carneiro Ferreira. O projeto, que tem apoio da Apufsc-Sindical, visa melhorar a mobilidade urbana e a qualidade de vida no entorno da universidade.

Francisco Antônio Carneiro Ferreira, coordenador do Gipedu, leva a campanha por ciclovias seguras e em rede a Paris; iniciativa tem apoio da Apufsc-Sindical (Foto: Arquivo pessoal)

Paris, cidade luz das bicicletas

“Estive em Paris na semana passada, para a defesa da minha tese de doutorado, cujo tema aborda a necessidade de ecologização das cidades, e encontrei uma cidade pós-pandemia completamente diferente daquela que vivi até 2018. A prefeita Anne Hidalgo aproveitou a pandemia para expandir rapidamente a rede cicloviária da capital francesa, preparando-a para os jogos olímpicos de 2024”, contou Francisco.

O professor fez doutorado na Sorbonne Université, em Paris. Sua tese é intitulada “Reservas da biosfera: uma resposta para conciliar o desenvolvimento urbano e a conservação da biodiversidade?
Experiências comparadas de urbanização e protecção em três reservas da biosfera (Brasil, França, China)”.

“Com o Plano de Bicicleta votado no início do seu mandato, Anne Hidalgo pretendeu fazer de Paris a capital mundial da bicicleta.  E de fato, visitando Paris,  a capital percorreu o caminho correto para tornar-se muito semelhante a Copenhagen, principalmente nas principais avenidas, como as paralelas ao Rio Sena, como o Quai Anatole France”, conclui o professor.

Ciclovia da avenida Quai Anatole France, ao lado do Museu d’Orsay (Foto: Arquivo pessoal)

UFSC se torna parceira da Prefeitura de Florianópolis para inscrição em programa internacional de financiamento de ciclovias

Também em janeiro, a UFSC, através do Gipedu, firmou parceria com a Prefeitura de Florianópolis, com apoio do reitor Irineu Manoel de Souza e do prefeito Topázio Neto, para apresentar candidatura ao programa Bloomberg Initiative for Cycling Infrastructure (BICI), lançado pela Bloomberg Philanthropie. O programa irá escolher dez cidades do mundo para receber até US$ 1 milhão para investir em ciclovias.

A candidatura foi submetida na última semana, e, se vencedora, implementará a infraestrutura cicloviária utilizando o campus da universidade e a bacia hidrográfica do Rio Itacorubi como modelo.

Imprensa Apufsc