Nota da Diretoria: Negociação do Plano de Saúde UFSC/2023

A Diretoria da Apufsc-Sindical gostaria de informar aos/às docentes sobre sua participação na negociação do Plano de Saúde UFSC/2023. A negociação teve início na gestão anterior da Apufsc. Cabe salientar que os/as servidores/as técnicos/as e docentes e seus familiares que utilizam os serviços da Unimed via UFSC totalizam 14.600 vidas (ou beneficiários). Dessa forma, a Apufsc sempre enfatizou a importância da UFSC como cliente da Unimed.  

Inicialmente, a proposta da Unimed era de aumento de 28,84%, considerado ajuste técnico. Inicialmente, também, a UFSC propôs um reajuste de 21,46%. A Unimed acenou para aceitar este percentual, mas teria algumas exigências, tais como a utilização dos seus serviços oferecidos, principalmente aqueles ligados à medicina preventiva e de “concierge”, que diz respeito à atenção primária à saúde.

Partindo dessas propostas para a negociação, houve um impasse, pois tanto a Apufsc quanto o Sintufsc discordaram do percentual proposto pela UFSC e também das exigências da Unimed. Numa das etapas da negociação, a proposta foi encaminhada à Procuradoria da UFSC para a emissão de um parecer sobre o percentual proposto pela Unimed. A Procuradoria da UFSC, juntamente com a gerência de contratos da UFSC, contestou a Unimed quanto à forma utilizada para efetuar o cálculo do reajuste de 28,34%.

O impasse continuou e a Apufsc, sabendo que a data base do contrato seria 1/12/22, alertou o reitor para a resolução do problema. A Apufsc e Sintufsc advertiram que o índice era inaceitável porque as categorias não têm reposição salarial há cinco anos, e teriam a necessidade de ter um índice que beneficiasse a todos. A Apufsc e o Sintufsc sempre foram contra os percentuais propostos tanto pela UFSC quanto pela Unimed: queríamos muito abaixo disso, em torno de 14 a 16%. 

Entretanto, como o reitor se sentiu pressionado pela data base do contrato (1/12/22) e nós já estávamos na oitava reunião, ele informou à Apufsc e ao Sintufsc que iria aceitar a proposta da Unimed de 19%. Os dois sindicatos informaram ao reitor que não eram a favor deste percentual e que a Reitoria deveria assumir esse reajuste.

Sugestão de um Plano de Autogestão

Uma opção que tem sido proposta pela Apufsc-Sindical desde 2019 seria um Plano de Autogestão. Em 2019, a Apufsc aventou a possibilidade de criarmos o nosso  Plano de Autogestão. Começamos, então, a pesquisar essa questão. Fomos na Casacaresc, que na época envolvia os funcionários da Epagri, Ciasc e Cidasc, e lá nos informaram que para implementar um Plano de Autogestão, a Apufsc-Sindical deveria criar uma entidade paralela, com um novo CNPJ, com um aporte financeiro de R$ 60 milhões. Além disso, fomos informados que o Plano de Autogestão só pode ser constituído através de um instituição federal, com as vidas que a UFSC possui, envolvendo professores e técnico-administrativos. 

Partindo dessas informações, fomos para o Plano B. A Apufsc-Sindical sugeriu uma parceria com a Fapeu, e realizamos algumas reuniões com o diretor da entidade. Entretanto, não obtivemos êxito. Assim, entramos em contato com a Administração da UFSC, representada na época pelo diretor de Saúde Suplementar.

Antes das primeiras reuniões, a Apufsc-Sindical buscou informações com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, que nos informou sobre a viabilidade para realizarmos o Plano de Autogestão, em parceria com a UFSC. A Agros – Instituto UFV de Seguridade Social nos ajudaria a realizar esse projeto. 

Começamos então a realizar várias reuniões, primeiramente com a UFSC, e depois apresentamos ao diretor da Fapeu os representantes da Agros. Realizamos em conjunto reuniões por vídeoconferência, e encaminhamos questões juntos com a UFSC. 

Todavia, como a autonomia era sempre da UFSC, por ser a instituição que nos representava, ficávamos sempre aguardando o retorno da Reitoria. Realizamos várias reuniões na gestão anterior a esta, mas não tivemos um retorno ou continuidade nas negociações. Voltamos à estaca zero. 

Que fique registrado, contudo, que para termos êxito na negociação desse ano de 2023, devemos começar imediatamente a discutir esse tema.