Membro do Conselho de Representantes da Apufsc participa de Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia do Proifes e leva demandas a Brasília

Ubirajara Franco Moreno participou de reunião com presidente do CNPq e de comissão da Câmara dos Deputados

Na semana passada, o Grupo de Trabalho (GT) de Ciência e Tecnologia do Proifes-Federação realizou em Brasília o primeiro encontro presencial do ano, que contou com a participação da Apufsc-Sindical. Professor titular do Departamento de Automação e Sistemas (DAS) e do programa de pós-graduação em Engenharia e Automação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ubirajara Franco Moreno é representante do departamento no Conselho de Representantes (CR) do sindicato e integra o GT.

Moreno esteve presente em duas agendas do grupo em Brasília: a reunião com o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, e com a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.

No primeiro encontro, ocorrido na última quarta-feira, dia 22, foi apresentada uma pauta de reivindicações. “Os principais itens eram os reajustes das bolsas de pesquisa e ampliação das bolsas de graduação e do ensino tecnológico. Outra questão foi a disponibilidade de recursos nos projetos do CNPq para manutenção de infraestrutura. Além desses pontos, foi discutido o modelo de concessão de bolsas para pesquisadores, e também a questão de ampliação de bolsas para pesquisadores em início de carreira e a fixação de novos pesquisadores no Brasil”, relatou o professor.

Ele contou que a reunião foi positiva: “Fomos muito bem recebidos pelo Ricardo Galvão. Ele foi sensível às demandas que a gente colocou, tanto sobre as bolsas quanto sobre o financiamento para manutenção da infraestrutura”.

GT de Ciência e Tecnologia do Proifes com o presidente do CNPq, Ricardo Galvão (Foto: Divulgação)

Recursos para bolsas não estão garantidos para 2024

Galvão também apresentou dados e informações que preocuparam o GT. “Outro ponto que ele colocou é que os recursos que foram alocados esse ano, que permitiram o reajuste das bolsas de mestrado e doutorado, não estão garantido para o ano que vem, então é necessária uma ação para que isso seja incluído no orçamento da União”, explicou Moreno.

Essa questão foi levada pelo Proifes à Presidência da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados no dia seguinte. “Nessa reunião colocamos essa pauta importante para que esses valores estejam no orçamento para o ano que vem. Se não estiverem, vão ter que reduzir o número de bolsas para manter o valor”, complementou o professor.

Além desta demanda, o encontro foi o momento de apresentação do GT do Proifes. “Nos apresentamos e nos colocamos à disposição para participar do debate público sobre projetos de lei relacionados à ciência e tecnologia que vão tramitar no Congresso”.

Encontro do GT com Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados (Foto: Divulgação)

Grupos de Trabalho locais

A primeira reunião de 2023 do GT de Ciência e Tecnologia contou com a presença de novos participantes, como a Apufsc. Segundo Moreno, na ocasião foi sugerida a possibilidade de serem criados GTs locais de Ciência e Tecnologia. “É algo que começaremos a elaborar nos próximos dias”, contou.

O próximo encontro presencial do GT do Proifes deve ocorrer em julho, na véspera do encontro nacional da federação. Até lá, o grupo deve fazer encontros online.

O Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia do Proifes-Federação foi instituído em 2018 com o objetivo de analisar e debater políticas públicas e propor ações nestas. Partindo da premissa de que a maior parte da produção científica nacional é gerada na universidade, em especial nas universidades públicas federais, compõe o escopo de atuação do GT a defesa institucional da pesquisa e da pós-graduação nas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) e da carreira de cientistas e pesquisadores no Brasil.

Entre as ações do GT estão a difusão de informações, o apoio a mobilizações e o fomento de ações, projetos e iniciativas que visem otimizar o potencial de pesquisa e inovação das Ifes e o desenvolvimento científico e tecnológico no país.

Stefani Ceolla
Imprensa Apufsc