Revisão da Lei de Cotas amplia ações de inclusão nas universidades

Projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados traz novidades semelhantes às ações afirmativas implementadas no último vestibular da USP

As alterações à Lei de Cotas aprovadas pela Câmara dos Deputados foram avaliadas de forma positiva por pessoas que vêm acompanhando o tema das ações afirmativas de perto. Na semana passada, os deputados federais aprovaram o projeto de lei 5.384/2020, que faz ajustes à Lei 12.711/2012 – que tornou obrigatória a reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas nas universidades federais. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ela própria uma beneficiária do sistema de cotas quando foi estudante da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), acompanhou presencialmente a sessão plenária da Câmara.

Originalmente proposto pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e outros autores, o projeto de lei 5.384/2020 foi aprovado com o texto do substitutivo da relatora, a deputada Dandara (PT-MG). Pela proposta aprovada, o programa de ações afirmativas das instituições federais de ensino superior e técnico terá ajustes nas regras do vestibular, priorizará os cotistas na concessão de bolsas e incluirá estudantes quilombolas como beneficiários das cotas. Para se tornar lei, o projeto ainda precisa passar pela discussão no Senado, antes de seguir para sanção presidencial.

Para entender melhor o que o texto aprovado na Câmara traz de avanços, o Jornal da USP conversou com a professora Ana Lanna, pró-reitora de Inclusão e Pertencimento da USP; com Amanda Medina, estudante da Faculdade de Direito (FD) da USP e integrante da Coligação dos Coletivos Negros da USP; e com Bárbara Barboza, mestre em Ciência Política pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e integrante da Coletiva Gira.

Leia na íntegra: Jornal da USP