Índices relacionados à Educação avançaram no 1° ano do novo governo Lula

Em 2023, indicadores do Brasil melhoram em 66 casos e pioram em 20; outros 13 ficam estáveis, mostra a Folha

A análise de 99 indicadores do país em economia, saúde, educação e outras áreas mostra que em 2023, primeiro ano do terceiro mandato de Lula (PT), a maioria deles evoluiu positivamente em relação a 2022 ou outro período de comparação mais adequada para o dado. No total, 66 melhoraram, 20 pioraram e 13 ficaram estáveis.

A Folha usou dados de ministérios, de órgãos como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Banco Central, além de relatórios periódicos de entidades como Transparência Internacional e Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ouviu também especialistas nas áreas afins.

No Ministério da Educação (MEC), o ano de 2023 foi de retorno a uma posição de coordenação da política educacional, que havia sido desmontada sob Bolsonaro. Houve recomposição orçamentária, mas dificuldades na execução de recursos ao longo do ano. O governo não conseguiu fazer a revisão planejada do novo ensino médio — inclusive porque não teve apoio das secretarias de Educação dos estados. De 10 indicadores apurados, 8 avançaram. Houve uma piora e uma estabilidade, ambas relacionadas ao ensino superior.

Em 2023, houve menos vagas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O sistema agrega as vagas das universidades públicas que usam a nota do Enem para selecionar alunos. Apesar disso, a edição de 2024 teve a maior taxa de participação dos últimos sete anos.

Além da retomada orçamentária, que se viu da creche à pós-graduação, houve lançamento de programas estruturantes, como o fomento a escolas de tempo integral e, no fim do ano, o lançamento de um programa de R$ 7 bilhões por ano para combater a evasão escolar no ensino médio com o pagamento de bolsas.

Mas a promessa de um investimento em 2023 de R$ 1 bilhão não foi atendida. O MEC fechou o ano com R$ 318,7 milhões pagos, o equivalente a 45% da dotação atualizada — mesmo assim, os valores foram superiores aos de 2022.

Leia na íntegra: Folha de S.Paulo