Presidente da Apufsc-Sindical participa da 1ª Cúpula Popular do Brics

Bebeto Marques representa o Proifes-Federação, que foi convidado para o evento

Começou nesta segunda-feira, dia 1º, e vai até dia 4, no Armazém da Utopia, no centro do Rio de Janeiro, a 1ª Cúpula Popular do Brics, evento criado para integrar movimentos sociais ao bloco, composto por 11 países do mercado emergente. O objetivo é articular a participação da sociedade civil na elaboração de propostas voltadas à cooperação do Sul Global. O presidente da Apufsc-Sindical, Bebeto Marques, participa do evento, representando o Proifes-Federação.

Público durante abertura da Cúpula Popular do Brics, no Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Durante o encontro serão debatidos temas como a cooperação econômica e o multilateralismo, a construção da multipolaridade, a reconfiguração da geopolítica mundial, os desafios da governança global, o próprio papel do Brics e a redução da dependência dos países emergentes ao dólar americano nas transações internacionais e formação de reservas financeiras.

O Conselho Civil Popular do Brics foi criado em 2024 na Cúpula do Brics de Kazan, na Rússia, para promover o diálogo entre atores da sociedade civil e governos dos países do grupo.

“O conselho é um marco na consolidação da participação da sociedade organizada nas discussões do bloco e visa dar voz aos movimentos populares, estudantes, professores e ONGs nas pautas estratégicas do agrupamento”, diz a organização.

Este é o último grande evento realizado pelo Brics com o Brasil na presidência do bloco, antes da Índia assumir a posição, no ano que vem.

Em vídeo enviado para a abertura do evento, a ex-presidenta do Brasil e presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, Dilma Rousseff, disse que a primeira cúpula consagra a participação da sociedade civil organizada na construção da cooperação do Sul Global.

“Pela primeira vez, os povos dos países do Brics dispõem de um canal permanente de diálogo com os governos e as instâncias decisórias do agrupamento”, afirmou Dilma.

João Pedro Stedile, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Conselho Civil dos Brics no Brasil, disse que a cúpula vai formalizar o conselho civil de como deve funcionar de forma permanente para entregar um modus operandi para o novo mandato na Índia.

“Os governos sabem que, sem a mobilização da sociedade civil, para alguns temas não tem como resolver, como a defesa da natureza, a construção de moradia popular. Vamos analisar temas da geopolítica mundial, mas também vamos nos dedicar a temas que a sociedade civil pode ajudar a resolver”, disse Stedile.

Imprensa Apufsc
Com informações da Agência Brasil