Manifestação a favor da educação acaba em conflito com a polícia

Ato aconteceu ontem (16), em frente ao Ministério da Educação, e acabou com estudante preso

Um protesto realizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) na tarde de terça-feira (16), em frente ao Ministério da Educação, em Brasília, terminou com gás lacrimogênio e um estudante detido. A manifestação pacífica foi organizada contra os cortes nas universidades federais e contra o financiamento privado dessas instituições. Segundo o presidente da UNE, Iago Montalvão, a polícia começou a empurrar, a agredir os estudantes e a jogar spray de pimenta.

Já segundo a PM, o protesto era pacífico até os funcionários do MEC começarem a retirar cartazes pregados pelos estudantes na sede do ministério. Com isso, diz a polícia, os manifestantes partiram para cima da segurança e dos policiais, sendo necessário reagir e prender um que teria agredido um PM.

De acordo com o MEC, o confronto começou quando os manifestantes “furaram o bloqueio feito pelos policiais na entrada do ministério e um deles arremessou um cone de sinalização na tropa”. Para dispersá-los, foi usado gás lacrimogênio.

A manifestação aconteceu durante  a reunião do MEC com os reitores para explicar o programa Future-se, plano de alternativas de financiamentos às universidades federais.

“Queremos a reversão dos cortes. Não adianta a captação privada. Somos contrários a um projeto dessa forma. Nem os reitores sabem o que vai ter nesse plano. Vai ser imposto. Acreditamos que tem que ter financiamento público”, disse Iago Montalvão, criticando a postura do MEC.

Enquanto os reitores chegavam para o encontro, a também UNE entregou um manifesto de uma página. “Queremos a retomada imediata de todos os investimentos cortados das universidades e escolas brasileiras e a discussão sobre o aprofundamento dos investimentos com um projeto claro para a educação, e não para a privatização!”, diz trecho do texto.

Diante das especulações sobre o teor do programa, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse no Twitter que não serão cobradas mensalidades na graduação e que a adesão das universidades ao plano será voluntária.

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C.G./L.L