Dimas Covas, do Butantan, não espera aceleração da vacinação e vê 5 mil mortes por dia: “Os próximos 15 dias serão dramáticos”

Em entrevista ao Valor Econômico, diretor do instituto diz que não é realista esperar avanço rápido no número de pessoas vacinadas nos próximos meses, como projeta o Ministério da Saúde

À frente do Instituto Butantan, maior fabricante de vacinas contra covid-19 do Brasil, o médico Dimas Covas avalia que o ritmo de mortes diárias provocadas pela doença continuará avançando e vê com certo ceticismo as expectativas do Ministério da Saúde sobre aquisição de vacinas de diversos laboratórios até o fim do ano.

Em entrevista ao Valor, Covas disse que não é realista esperar uma rápida aceleração no número de pessoas vacinadas nos próximos meses. Pelos seus cálculos, até julho o que o país deverá conseguir é vacinar a faixa da população mais vulnerável à doença.

“Com o pé no chão, até o meio do ano você vai ter uma vacinação provavelmente de quem tem mais de 60 anos e provavelmente pode avançar um pouco mais na faixa dos 50 anos, incluindo também outros profissionais em risco”, disse ele. “É isso que nós teremos até o meio do ano. Estamos falando de 40 ou 50 milhões de pessoas. E 100 milhões de doses de vacinas.”

Leia na íntegra: Valor Econômico