Ministro da Educação diz que ‘falha de TI’ gerou ausência de 1,4 milhão de matrículas para cálculo do repasse de verbas do Fundeb

Na última terça, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) encaminhou um ofício a Milton Ribeiro relatando que faltavam ao menos 1.447.065 alunos para a base que serve para estimar recursos às escolas, pré-escolas e creches, mostra G1

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse em evento on-line nesta quinta, 22, que foi identificada “uma falha de TI [tecnologia da informação]” no cálculo do número de alunos que serve de base para o repasse de recursos do Fundeb, responsável em 2019, por R$ 6,5 de cada R$ 10 investidos na educação básica brasileira.

“Nós identificamos a tempo uma falha exatamente nessa questão da filtragem das matrículas. E se for de fato constatado essa identificação, se for preciso, publicaremos uma nova portaria corrigindo aquilo que está errado. Foi uma falha da TI do FNDE [órgão do MEC responsável pela gestão dos recursos]. Mas nós vamos consertar e vamos conseguir restaurar isso que nós eventualmente fizemos”, disse Ribeiro em evento dos dirigentes municipais da educação do Ceará.

Na última terça, 20, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) encaminhou um ofício ao ministro relatando o “sumiço” de ao menos 1.447.065 alunos dos cálculos feitos para repassar recursos às escolas, pré-escolas e creches.

A entidade afirma que os números de alunos do Fundeb não batem com o total de matrículas apontadas no Censo Escolar 2020. Com isso, as cidades não estariam recebendo os valores mínimos previstos na legislação.

A CNM enviou o ofício após receber “inúmeros questionamentos” das prefeituras. O Ministério da Educação (MEC) afirmou na manhã desta quinta que iria “apurar” eventuais “equívocos” nos cálculos de repasses.

A pasta não havia informado o motivo do equívoco e nem se há previsão de colocar mais servidores para atuar na gestão dos recursos, já que esta não é a primeira vez que os municípios apontam erros nos cálculos do Fundeb.

Em janeiro, o governo federal transferiu de forma equivocada R$ 766 milhões a nove estados e seus municípios. O valor representa 64% do R$ 1,18 bilhão que deveriam chegar às redes públicas de ensino naquele mês.

Leia na íntegra: G1