Sete em cada dez brasileiros dizem confiar mais em professor do que em militar para atuar em escola

Pesquisa encomendada pelo Cenpec e pela Ação Educativa ouviu cerca de 2 mil pessoas; entrevistados veem falta de investimento e baixo salário docente como principais problemas da educação no país

Entre os brasileiros, 72% confiam mais em professores do que em militares para trabalhar em uma escola, mostra pesquisa encomendada pelas organizações civis sem fins lucrativos Cenpec e Ação Educativa. Segundo o estudo, a população vê falta de investimento e desvalorização de professores como principais problemas da educação pública, não a questão da disciplina. Aumentar o número de escolas cívico-militares foi uma das principais propostas do governo federal na área.

Quando perguntados sobre confiar mais em docentes do que militares para atuar em escolas, 23% disseram discordar – totalmente ou em parte – da afirmação. Apesar disso, Romualdo Luiz Portela, diretor de pesquisa e avaliação do Cenpec, acredita que a pesquisa demonstra o reconhecimento da importância do magistério. “Não é para curiosos”, afirma ele, doutor em Educação. Os demais 5% disseram que não concordam nem discordam ou preferiram não responder. 

Para a pesquisa, realizada em conjunto com o Instituto Datafolha e o Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop) da Unicamp, foram ouvidas 2.090 pessoas com 16 anos ou mais. As entrevistas ocorreram entre 8 e 14 de março.

Quando perguntado sobre qual seria o principal problema das escolas públicas brasileiras, a falta de investimento do governo (28%) e os baixos salários de professores (17%) foram as respostas mais frequentes. Falta de disciplina dos alunos (10%), qualidade dos docentes (5%) e conteúdos que não são ensinados (3%) foram os menos citados.  

Leia na íntegra: Estadão