UFSC já fez 125 vistorias para combater focos do mosquito transmissor da dengue

As ações ocorrem em um contexto em que Santa Catarina contabiliza mais de 32 mil focos do mosquito, 15 mil casos de dengue e 14 mortes confirmadas pela doença

A Coordenadoria de Gestão Ambiental (CGA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está apertando o cerco contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças. De 2022 até agora, foram feitas 125 vistorias em mais de 40 setores da universidade, informa a CGA. As ações, que pedem também o envolvimento da comunidade universitária, tomam corpo em um contexto em que Santa Catarina contabiliza mais de 32 mil focos do mosquito, 15 mil casos de dengue e 14 mortes confirmadas pela doença, segundo boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde. Os números consideram dados levantados até 17 de abril.

A Dive informa que há 144 municípios infestados de focos do mosquito em Santa Catarina. Estão nessa lista: Florianópolis, Araranguá, Blumenau e Joinville – cidades em que a UFSC tem campi. De acordo com a CGA, isso reforça a necessidade de protocolos e medidas preventivas tanto nas áreas mantidas pela Universidade como em seus entornos. Por isso, a campanha de combate à proliferação do Aedes aegypti, que é mantida de forma permanente na UFSC, tomou uma importância maior.

A CGA alerta que todas as pessoas da comunidade universitária têm a responsabilidade de ajudar na prevenção da proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando ou denunciando locais com água parada pelos campi da UFSC. Desde 2015, a universidade mantém ativa a Comissão de Combate à Dengue, que realiza diversas ações para prevenir a doença, incluindo educação ambiental, vistorias técnicas e recebimento de denúncias.

Como denunciar suspeitas de foco

Em seu site, a CGA orienta: “se você identificar pontos de acúmulo de água durante sua passagem pelo campus, recomendamos que tome a iniciativa de eliminá-los. Por exemplo, se houver resíduos com água no chão, recolha-os e descarte-os em uma lixeira apropriada. Se não for possível, tire fotos e envie as imagens com a localização para o e-mail [email protected], canal responsável pelo direcionamento dos casos relacionados à dengue na UFSC.” Há ainda o telefone (48) 3721-4227 para solicitar vistorias ou inspeções em pontos suspeitos de reterem água.

Segundo o professor Carlos Pinto, especializado na área de parasitologia e entomologia do Laboratório de Transmissores de Hematozoários da UFSC, o aumento dos casos de dengue decorre do clima favorável à reprodução do mosquito. “As temperaturas seguem altas, o que favorece a reprodução do inseto. Por se reproduzir rapidamente, o mosquito tem a capacidade de se adaptar a ambientes que não eram comuns antigamente”, afirma o professor.

Na luta pelo combate à proliferação do Aedes aegypti, reveja e compartilhe o vídeo produzido pela CGA em parceria com a Agência de Comunicação (Agecom) da UFSC:

Situação dos focos do mosquito Aedes aegypti por município em Santa Catarina, de acordo com boletim da Dive:

Fonte: Notícias da UFSC