Reajuste do plano de saúde da UFSC fica em 19%, conforme Apufsc havia divulgado no início do mês

Sindicato não foi convidado previamente para discutir o reajuste proposto pela Unimed

Nesta quinta-feira, dia 21, a Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunicou que, após negociações com a Unimed Grande Florianópolis, o percentual de reajuste para o plano de saúde dos servidores técnico-administrativos em educação e docentes ficou em 19%. No ínicio de dezembro, no dia 1º, a Apufsc-Sindical já havia adiantado, em reportagem, a porcentagem de reajuste prevista, e ressaltado que, diferente dos anos anteriores, o sindicato não foi convidada previamente para discutir o reajuste proposto pela Unimed.

Relembre o caso:

Em reunião realizada no dia 30 de novembro a Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp) da UFSC informou à Apufsc-Sindical e ao Sintufsc que o plano de saúde da Unimed deve ser reajustado em 19% a partir de janeiro. A informação surpreendeu o sindicato que representa a categoria docente. Diferente dos anos anteriores, a Apufsc não foi convidada previamente para discutir o reajuste proposto pela Unimed. Ainda na quinta-feira, o presidente José Guadalupe Fletes procurou o reitor Irineu Manoel de Souza e cobrou sua atuação direta em busca da redução do índice. Na sexta-feira, dia 1º, a Reitoria publicou nota em que afirma que o índice ainda está em discussão e que o reitor se reunirá com a diretoria da Unimed Grande Florianópolis para buscar condições mais favoráveis.

Na reunião da manhã de quinta, a Prodegesp repassou à Apufsc a informação de que a Unimed apresentou inicialmente o índice de reajuste de 29,18%, considerando sinistralidade de 96,88%. O contrato da UFSC com a operadora do plano de saúde contém uma cláusula que prevê que sempre que a sinistralidade (taxa de utilização do plano pelos usuários nos 12 meses anteriores) for superior a 75%, será aplicado reajuste. Após negociações entre a Administração Central e a Unimed, chegou-se ao índice de 19%.

Desde a gestão de Luiz Carlos Cancellier na Reitoria da universidade, uma comissão que tinha a participação de gestores da UFSC e de representantes de docentes e de técnicos-administrativos se reunia regularmente para discutir a negociação do índice junto à operadora do plano de saúde. No ano passado, por exemplo, foram oito reuniões. Em 2023, porém, a Apufsc não foi convidada previamente para discutir o assunto.

O convite para a reunião desta quinta-feira foi enviado ao sindicato por e-mail somente na terça-feira, dia 28, informando que o assunto era “saúde suplementar”, sem pauta definida. Os convidados sequer sabiam que o tema seria o reajuste do plano de saúde. “Eramos sempre convidados para participar da discussão do processo de negociação, mas a decisão final é do gestor do plano, que cabe à Administração da UFSC”, aponta Fletes.

“Nós não fomos convidados para negociar e fomos surpreendidos nesta manhã [de quinta]. Não aceitamos o reajuste informado e cabe à Reitoria buscar diminuir esse índice”, defende o presidente da Apufsc-Sindical.

Carlos Henrique Machado, administrador na Apufsc que vem nos últimos anos participando das reuniões sobre o plano de saúde, observa ainda outro aspecto: o índice apresentado é praticamente o mesmo do ano passado. Ele explica também que, em geral, as reuniões começavam no mês de agosto, possibilitando que houvesse tempo para negociação.

Esse é o último ano de contrato da UFSC com a Unimed. Em 2024, será aberto novo processo licitatório para contratação de plano de saúde.

Imprensa Apufsc