Corte nos recursos orçamentários previstos para 2025 afetam pagamento de contas básicas, como energia e segurança, segundo o G1
As universidades federais em Pernambuco calculam um déficit de pelo menos R$ 32 milhões apenas com ações de manutenção até o mês de dezembro de 2025. O valor foi apresentado durante entrevista coletiva na manhã desta terça, dia 15, na reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que reuniu os reitores da UFPE, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape).
Em entrevista à Apufsc-Sindical, em fevereiro deste ano, quando o Orçamento para 2025 ainda não havia sido aprovado pelo Congresso Nacional, o reitor Irineu Manoel de Souza, afirmou que a Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) projetava fechar o ano com um déficit de R$ 40 milhões.
Já em abril, em entrevista a CBN Floripa, Irineu destacou que orçamento aprovado pelo Congresso Nacional é insuficiente para cobrir as despesas básicas de custeio, que incluem energia elétrica, segurança, manutenção, bolsas estudantis e o Restaurante Universitário (RU). O montante destinado representa um corte de R$ 8 milhões em relação à estimativa inicial de R$ 170 milhões, que já era considerada insuficiente. Além disso, os recursos de capital, destinados a investimentos em infraestrutura e equipamentos, foram reduzidos para R$ 6 milhões.
Os gestores das universidades federais de Pernambuco enfrentam uma situação orçamentária parecida no estado. Somente na UFPE, segundo o reitor Alfredo Gomes, a verba aprovada para o ano de 2025 é 56,88% menor do que o que foi enviada em 2014. Nacionalmente, esse percentual representa menos R$ 1,5 bilhão, enquanto que para a UFPE são R$ 42,7 milhões – sem considerar a correção da inflação do período.
Se fosse corrigido pela inflação, os repasses representariam um déficit de R$ 8,3 bilhões para as universidades federais do país em 10 anos e R$ 224,8 milhões para a UFPE.
Leia na íntegra: G1