Greve só termina com dinheiro na conta

Os professores da Universidade de Brasília decidiram continuar a greve que já dura 35 dias. “O movimento está forte e vai continuar. Queremos o dinheiro na nossa conta, de todos os funcionários e docentes”, disse o vice-presidente da ADUnB, Ebenézer Nogueira.

A maioria das falas destacou as vitórias sucessivas da greve da UnB. “Não podemos nos desligar do movimento unificado. Temos que aumentar a mobilização”, afirmou Flávio Botelho, presidente da ADUnB. Cláudia Dansa, da Faculdade de Educação, lembrou que os professores formam uma categoria sui generis. “Amamos o que fazemos e queremos trabalhar. Mas é necessário garantir as condições mínimas para esse trabalho”.

O objetivo é nacionalizar a greve. Amanhã, o movimento unificado – professores, funcionários e estudantes – fará um ato de protesto em frente ao Congresso Nacional. A concentração começa às 8h no Ceubinho, e segue para a Catedral às 9h. A ideia é fazer parte de uma grande manifestação que vai reunir sindicatos de todo o serviço público federal.

Os bonecos e as faixas tradicionais do movimento estarão lá. Inclusive o Sinistro Bernardo, representação bem-humorada do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “Espero puxar a orelha dele”, brincou o professor Paulo Botelho.

Os detalhes da manifestação serão discutidos no Comando de Greve, que se reúne às 14h desta quarta-feira.