Economista sem atuação na área educacional é cotado para secretaria de regulação do ensino privado

Nome é indicado por Abraham Weintraub e Onyx Lorenzoni cinco dias depois da demissão de Ataíde Alves

O economista Ricardo Braga é o principal cotado para assumir a Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior (Seres), do Ministério da Educação (MEC). Com carreira construída na área financeira, Braga assumiu há pouco mais de um mês o cargo de secretário especial da Cultura do Ministério da Cidadania, o que causou estranheza na pasta pela falta de experiência no setor.

Sem experiência na área cultural, Braga também nunca atuou no setor educacional. Fez carreira em bancos e corretoras financeiras, tendo trabalhado por mais de dez anos no banco Votorantim – no mesmo período em que Abraham Weintraub atuava no banco.

Além de Weintraub, o nome também é uma indicação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que tenta indicar o chefe da Seres desde o início do governo Bolsonaro. A secretaria é muito conhecida pode ser um local de barganha política, pois deputados e senadores costumam pressionar para que haja a liberação de faculdades e cursos em seus redutos eleitorais.

No último dia 16 de outubro, o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, demitiu Ataíde Alves do comando da secretaria. O Estadão apurou que a demissão de Alves está ligada ao descontentamento de dirigentes e donos de faculdades por falta de agilidade na liberação de novos credenciamentos e também porque estaria travando as discussões para desburocratizar o processo de regulação.

Weintraub já declarou que o setor privado será a prioridade para a expansão de vagas e defende a autoregulação das faculdades particulares com a mínima interferência do Estado.

Leia na íntegra: Folha de S. Paulo