Entidades e sociedades científicas da área da saúde pedem a Bolsonaro defesa clara da manutenção do isolamento social

Em carta, organizações solicitam que Presidente busque embasamento junto a especialistas

Vinte entidades e sociedades da área de saúde do País, numa iniciativa coordenada pela Sociedade Brasileira de Virologia (SBV) e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), enviaram uma carta na última sexta-feira (03) ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, solicitando a defesa clara da manutenção do isolamento social para o enfrentamento à pandemia da Covid-19 e à significativa ampliação do número de testes diagnósticos.

Na carta, as entidades ressaltam que o isolamento social tem por objetivo reduzir a velocidade de contaminação da população e a sobrecarga do sistema de saúde. “Vale notar que essas medidas, baseadas em evidências científicas, foram testadas e aprovadas nos países que até este momento conseguiram os melhores resultados na luta contra a pandemia”, enfatizam.

Sobre os testes, as entidades defendem que eles são importantes para, além de permitir o acompanhamento e tratamento dos indivíduos infectados, atestar a segurança dos profissionais da saúde que estão na linha de frente e dos cidadãos recuperados para retorno às suas atividades. Os testes auxiliarão também na organização da saída do isolamento social.

O documento chama a atenção para importância do presidente da República embasar suas decisões nos aconselhamentos dos especialistas da área da saúde e na melhor ciência disponível sobre o tema.

“A vida dos brasileiros, independentemente de suas faixas etárias, sociais ou profissão, deve estar acima de visões e interesses políticos e/ou econômicos. Ela depende de um esforço conjunto entre todas as esferas de governos federal, estaduais e municipais, do Ministério da Saúde, dos médicos e profissionais da saúde, dos pesquisadores e técnicos e de toda a população brasileira”, destacam as entidades.

O documento pode ser acessado na íntegra através deste link.

Fonte: Jornal da Ciência