‘Sempre que você achar que o vírus desapareceu, ele volta’, diz secretário de Saúde de Florianópolis

Taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) está em 80,16% na capital

O secretário de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo, também conhecido por doutor Paraná, falou na manhã desta terça-feira, 27, sobre o aumento de casos de coronavírus na Capital e nas cidades da região. Em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, ele atribuiu a nova alta a um reflexo do “relaxamento que houve na região desde o começo do mês de outubro”. Ele defendeu que as medidas de restrição atualmente em vigor precisam ser respeitadas, e disse que a sociedade é “corresponsável” pelo controle da doença junto com o poder público.

Nesta terça, prefeitos e secretários de Saúde das de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu se reúnem com o governo do Estado para tratar sobre a situação na região e discutir ações. A Grande Florianópolis é a região catarinense onde o aumento de casos de coronavírus foi maior nas últimas semanas, com 4.164 pessoas em tratamento, quase o dobro de pacientes ativos que o Vale do Itajaí (2.181), região que aparece em segundo no ranking de contaminados em tratamento em SC.

A taxa de ocupação de leitos nos hospitais também voltou a preocupar. Segundo dados do Covidômetro, site que concentra as informações sobre a Covid-19 na Capital, a taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) está em 80,16% nesta terça.

Ainda na entrevista à NSC TV, o secretário também foi questionado sobre as ações do poder público no combate à doença e a possibilidade de adoção de novas medidas restritivas. Carlos Alberto Justo defendeu que “não adianta” adotar novas medidas “se não estamos respeitando essas aí”, em referência às regras que estão em vigor.

“Todos nós somos responsáveis pela sociedade onde vivemos. E essa questão toda da cobrança que fica se discutindo, há um lado na sociedade pressionando o setor público, pedindo lockdown. Há outro lado da sociedade pressionando o setor público, pedindo mais flexibilizações (…) O poder público nada mais é que do que o intérprete dessas questões de harmonia social, e o que nós fizemos em Florianópolis desde o começo é tentar conciliar a presença do vírus na cidade e a retomada de condições de funcionamento da economia, que permita que o caos da saúde não se transforme em caos social”, comentou.

O secretário citou ainda que a prefeitura tem aumentado a capacidade de testagem na cidade de Florianópolis, fazendo em torno de 400 testes do tipo PCR por dia. Ele também disse que houve um aumento da capacidade de atendimento dos centros de testagem e de equipes de saúde.

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