Setores da UFSC se preparam para retomada presencial em 20 de setembro

Retorno das atividades de ensino presencial está previsto para semetre 2022.1, com a cobertura vacinal em duas doses dos estudantes

A UFSC está se preparando para retomar gradualmente o trabalho presencial. A Portaria Normativa, publicada nesta segunda-feira (16), sinaliza que, a partir de 20 de setembro, setores da universidade passaraão a funcionar em horário integral, das 8 às 18h. Cada setor acadêmico e administrativo precisará definir um plano de trabalho.

“Depende de cada equipe definir, de hoje até a data de 20 de setembro, quem poderá estar presencialmente a partir do início da Pré-Fase 2, respeitando-se os grupos de risco”, explica o reitor Ubaldo. “Cada equipe e cada ambiente tem suas peculiaridades. Este é o momento de cada setor levantar suas necessidades, para que gradualmente cheguemos às condições ideais, com ambientes seguros do ponto de vista sanitário. Queremos que as chefias tomem a dianteira desse processo, e mantenham o respeito às regras sanitárias e o bom senso ao tratar com suas equipes nesse retorno. Precisamos lembrar que nossas vidas mudaram muito de março de 2020 até agora, e a adaptação para a volta presencial leva tempo, e precisa começar.”

A etapa que começa no dia 20 de setembro é chamada pela UFSC de Pré-Fase 2, que atencede a Fase 2 (semipresencial) e 3 (presencial), definidas no ano passado pelo Comitê Assessor e os Subcomitês de Combate à Pandemia e aprovado pelo Conselho Universitário. “É importante que a comunidade entenda que estamos entrando na Pré-Fase 2 agora, para preparar o trabalho. A Fase 2 não se iniciará ainda. Será nessa próxima Fase que teremos a modalidade semipresencial de ensino, mas isso depende de certos parâmetros já definidos, como a ocupação de UTIs menores que 60% e o declínio na transmissão da Covid”, explica o reitor. 

Durante a Pré-Fase 2, o principal objetivo é a preparação das equipes e do espaço físico. Incluem-se as atividades de planejamento, adequação das salas e setores e a retomada do atendimento presencial ao público. Nessa fase ainda não será possível realizar eventos ou confraternizações presenciais. As reuniões devem continuar remotas e o trabalho presencial deve ser feito em regime de revezamento pelas equipes. As recomendações para a nova fase estarão no novo Guia de Biossegurança, que deverá estar disponível em breve.

Dentre as iniciativas que serão tomadas a partir de 20 de setembro estão a implantação de uma Política de Testagem, dentro da Universidade, para o controle e monitoramento de possíveis contaminações; análise dos indicadores epidemiológicos; medição dos níveis de CO2 nos ambientes para atestar a qualidade da circulação de ar; utilização obrigatória de máscaras PFF2 e N95; monitoramento da cobertura vacinal do corpo técnico e docente; entre outras. 

Os profissionais de Educação da UFSC já tiveram acesso, como grupo prioritário, à vacinação contra a Covid-19 desde o início de junho de 2021, e em meados de setembro devem ter completado o ciclo com as duas doses dos imunizantes.

Ensino Semipresencial

As atividades de ensino presencial da Graduação só serão autorizadas na Pré-Fase 2 fase para aquelas disciplinas práticas, nos termos da Resolução Normativa nº 090/2021/CGRAD. No caso do Colégio de Aplicação (CA) e Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI), será autorizada a oferta semipresencial de ensino, em data a ser definida.

“O Grupo de Trabalho estima que até a data de 20 de setembro teremos pelo menos 75% da nossa comunidade de técnicos e professores vacinados com as duas doses, contra a Covid-19. A prioridade de reinício do ensino presencial é do NDI e Aplicação, em formato semipresencial e de acordo com o Plano de Contingência dessas unidades. Esperamos poder retornar com a oferta de ensino de forma ampla somente após a cobertura vacinal em duas doses dos nossos estudantes, o que certamente podemos prever para o semestre 2022.1. Antes disso, não há possibilidade de retorno em massa dos alunos”, salienta Ubaldo.

Grupo de Trabalho

O Grupo de Trabalho da Administração Central, nomeado em 2 de agosto, teve 20 dias para apresentar ao reitor Ubaldo uma proposta para preparar o início da Pré-Fase 2. O relatório do GT aponta os documentos em que se basearam para a definição, como o Relatório gerado em 2020 pelo Comitê Assessor e os Subcomitês de Combate à Pandemia, bem como as orientações mais recentes da Comissão Permanente de Monitoramento Epidemiológico e o Guia de Biossegurança

“Operacionalizar o início da Fase 2 na UFSC tem sido nossa principal preocupação no momento, uma vez que já sabemos quando ela deve começar, ou seja, após a finalização do ciclo vacinal dos técnicos e docentes, e quando os dados epidemiológicos forem realmente favoráveis”, aponta o chefe de Gabinete, Aureo Moraes, que preside o GT.

Aureo esclarece que além do acompanhamento epidemiológico, o monitoramento de dados da vacinação dos trabalhadores da UFSC já vem acontecendo. Um levantamento preliminar apontou, em 16 de agosto, que 62% dos TAEs e docentes da UFSC haviam sido vacinados em Florianópolis com a primeira e a segunda dose. 

“É um caminho longo, e que demanda cautela e respeito às regras com as quais já convivemos há tanto tempo. E mesmo sem que 100% dos técnicos e docentes estejam vacinados, teremos um ambiente seguro, pois a imensa maioria da nossa comunidade aderiu à imunização. É importante que cada setor se conscientize de suas responsabilidades nesse processo, que precisa ser adequado às necessidades de quem atua ali e também dos usuários desse serviço”, pontua.

Aureo recomenda que as unidades realizem levantamentos de necessidades e informa que haverá uma força-tarefa para viabilizar a adequação das condições para a Pré-Fase 2. “Estamos montando uma força-tarefa que envolverá a Seoma, Seplan, Proad, Prodegesp para focar esforços em colocar a UFSC em plenas condições de receber os alunos daqui a seis meses. A primeira prioridade será o NDI e o Aplicação. Em seguida partiremos para todas as unidades até conseguirmos ter todos os campi e as estruturas adequadas para receber a nossa comunidade como um todo”, salienta.

Fonte: Notícias da UFSC