“Ministério da Saúde ataca novamente a Ciência e a Saúde da população brasileira”, afirma a SBPC em nota

Confira o documento disponibilizado pelo Jornal da Ciência

A SBPC considera inaceitável que o Ministério da Saúde divulgue diretrizes contra a vacinação, ao mesmo tempo que recomenda tratamentos para COVID-19 que são prejudiciais à saúde da população. Mesmo depois de nossa população vacinar-se em massa, apoiar o reforço na vacinação e a necessária imunização de crianças, a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE), do Ministério da Saúde, publica no Diário Oficial da União de 21 de janeiro de 2022 diretrizes totalmente contrárias à vacinação e apoiando pretenso tratamento prejudicial à saúde. Em nota técnica, o secretário do Ministério da Saúde afirma que vacina não tem efetividade, mas hidroxicloroquina tem, contrariando posição da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos especialistas na área. Além disso, um Grupo de Trabalho instituído pelo próprio Ministério da Saúde recomendou procedimentos aprovadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC), de apoio integral à vacinação e contra tratamentos ineficazes, recomendações estas ignoradas pelo Ministério da Saúde.

O conhecimento científico sobre os meios de proteção contra a COVID é muito sólido, e inclui a vacinação em larga escala, como está sendo feita pela população brasileira, apoiada pelos governos estaduais e municipais. A ciência é muito clara quanto à necessidade da vacinação em massa, como instrumento essencial para acabarmos com a pandemia de COVID-19. A ciência também é clara quanto aos prejuízos que pretensos “tratamentos” usando cloroquina podem trazer à saúde da população. Apesar disso, o Ministério da Saúde recomenda diretrizes que são na verdade de caráter ideológico. Estas atitudes colocam em risco a saúde e o bem-estar de nossa sociedade. Lamentamos a insistência do Ministério em atitudes retrógradas e prejudiciais à saúde do povo brasileiro.

Fonte: Jornal da Ciência