Por que faltam vagas de residência médica e cresce o número de pós-graduações em Medicina?

Com perfil heterogêneo, 40% das especializações da área são a distância, diz pesquisa; educação continuada fora das residências é aposta dos grandes grupos educacionais

Enquanto médicos recém-formados enfrentam cada vez mais dificuldade para entrar em uma residência e obter o título de especialista, cresce o número de pós-graduações latu sensu em Medicina. E, do total, 40% são de ensino a distância (EAD), segundo os resultados preliminares do estudo Demografia Médica no Brasil 2025, feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB).

Dentre quase 2 mil cursos de pós-graduação em Medicina analisados pelo levantamento, quase metade (927 cursos) são presenciais e pouco mais de 40% (800 cursos), remotos. Outros 216 (11%) são ofertados na modalidade semipresencial.

O cenário ocorre em meio à falta de vagas de residência para todos os médicos formados, em contraposição ao aumento de graduações abertas na última década. Hoje, são mais de 260 mil médicos generalistas (quase metade do total de 575 mil profissionais com essa formação). Ou seja, 260 mil não têm título de especialista.

Leia na íntegra: Estadão